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Escola do Porto Santo será "um marco cultural" na história do arquipélago

JM-Madeira

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Data de publicação
25 Junho 2021
20:04

O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira acredita que a Escola do Porto Santo será "um marco cultural" na história do arquipélago

"Esta escola marcou várias gerações de porto-santenses, faz parte da memória e da identidade desta ilha; era um espaço que estava abandonado e ainda bem que foi entregue à Porta33, que, com certeza, fará deste imóvel um espaço cultural marcante para o Porto Santo, mas também para a Madeira", afirmou o Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, hoje, na cerimónia de inauguração deste novo polo artístico-cultural e do pensamento, espaço projetado por Chorão Ramalho, no final dos anos 50, e, recentemente, recuperado pela arquiteta Madalena Vidigal. José Manuel Rodrigues lembrou que o arquiteto Raul Chorão Ramalho é também o autor da obra de adaptação da antiga Alfândega do Funchal para a edificação onde funciona, hoje, o parlamento madeirense, e sublinhou a obra "notável" de um visionário e "muito expressiva, até do ponto de vista numérico, na cidade do Funchal." "Congratulo-me por a Porta33 ter este espaço, que irá ser, nos próximos anos, um marco cultural para o Porto Santo e para a Madeira.", concluiu

A Escola da Vila, como começou por designar-se, renasce, assim, fruto de uma parceria entre a Porta33 e o Plano Nacional das Artes, como um espaço destinado a acolher residências artísticas que estabeleçam um diálogo próximo e permanente com o território e a população do Porto Santo. Nascida de um desejo antigo, e muito determinado, de Maurício Reis e Cecília Vieira de Freitas, casal que, há mais de trinta anos, abria no Funchal a Associação e galeria de arte Porta33, esta travessia até à ilha tantas vezes esquecida marca o início de "uma presença contínua em estreita colaboração com a população, no cumprimento do contrato de cedência da Escola da Vila pelo Município do Porto Santo. ", explica Maurício Reis, numa altura em que estão concluídas as obras de reabilitação e refuncionamento daquele edifício.

Com curadoria dos arquitetos Madalena Vidigal e Diogo Amaro, o edifício material (e imaterial), será protagonista de uma narrativa em torno das memórias e sensações de vivências do espaço, que serviu de mote para a exposição "dispositivo" ou "expo(Ação)", que abriu ao público neste mesmo dia, e se entende "como uma exposição em construção". "Partindo de uma seleção de elementos que servem de ativação da memória e afetos contidos na Escola, pretende-se deixar um "espaço-em-branco" para o contributo de quem a habitou."

Desta primeira seleção faz parte um conjunto de desenhos originais de Raul Chorão Ramalho, que correspondem ao período de conceção do projeto arquitetónico (1959-68), que dá corpo à mostra.

A Porta33 arrancou com o programa inaugural no dia 21 deste mês, reunindo, na Escola, uma vasta equipa composta por especialistas de diversas áreas do conhecimento e das artes, entre os quais se destacam nomes como AnaTostões, Victor Mestre, Paulo David, Emanuel Gaspar e Fátima Menezes, e ainda as Associações Museu da Paisagem e Pele, que pousaram na ilha com o intuito de desenvolverem Oficinas Participativas de Ativação de Memórias a três escalas: territorial, urbana e espacial ou corporal. "O registo e o legado destas atividades, em formatos variados (performance, multimédia ou objetual), virão preencher o "espaço-em-branco", como criação, construção coletiva e representação de uma identidade, revelando as várias camadas históricas, culturais, sociais e espaciais, a incluir num segundo momento expositivo, previsto para o próximo ano, e em posteriores itinerâncias.", desvenda Maurício Reis.

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