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Meia Serra terá central de biomassa em 2022

    JM-Madeira

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    Data de publicação
    10 Abril 2021
    5:00

    Energia

    O Governo Regional vai instalar uma central de biomassa na Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos da Meia Serra, para a produção de energia elétrica com matéria orgânica resultante da limpeza de terrenos.

    O anúncio foi feito esta sexta-feira por Susana Prada, secretária regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, que mais avançou que esta central está orçada em 4 milhões de euros e que já está em curso a candidatura do projeto ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).

    Em visita aos trabalhos de reflorestação no Montado da Alegria, a governante explicou que o objetivo é atribuir valor monetário à biomassa vegetal, para incentivar ações de limpeza em terrenos florestais privados e, desse modo, contribuir para a produção de energia renovável e para a redução da dependência energética do exterior. "O privado pode ser renumerado pela entrega da biomassa e com essa remuneração já pode fazer a limpeza do terreno", sublinhou.

    Além do mais, esta iniciativa contribuirá para a defesa da floresta e a prevenção de incêndios.

    Este projeto surge da proposta de decreto legislativo que estabelece o regime para a instalação e exploração de centrais de biomassa florestal no arquipélago da Madeira, a qual foi aprovada esta quinta-feira pelo Conselho do Governo Regional e segue agora para o parlamento regional.

    De apontar que a instalação da central de biomassa será financiada em 50% pela União Europeia e deverá estar operacional em 2022.

    Já em relação à reflorestação do Montado da Alegria, Susana Prada revelou que já foram introduzidas 22.000 plantas, de um total de 88.500 previstas para a área, com 45 hectares, contínua à zona urbana.

    O processo de reflorestação teve início em 2017, com a limpeza do terreno, ocupado por acácias e eucaliptos, agora substituídos por plantas indígenas e exóticas pouco combustíveis.

    Por Edna Baptista

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