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Sondagem JM: “Chega e IL estarão sempre disponíveis para dar a mão ao PSD”, diz Dina Letra

Data de publicação
13 Março 2024
11:19

A sondagem da Intercampus para o JM e 88.8, num cenário de eleições antecipadas, em breve, colocaria o Bloco que Esquerda entre as três forças que deixariam o plenário madeirense, juntamente com PAN e CDS, sendo que o PSD elegeria 21 deputados, o PS subiria para 14, o JPP manteria os atuais cinco, o Chega baixaria para três como a Iniciativa Liberal, que por agora tem um, e o PCP, com um deputado, fecharia as contas da ALRAM. Das atuais nove forças partidárias, o hemiciclo ficaria, então, reduzido a seis.

Pese esta projeção, Dina Letra desdramatiza e promete que o seu BE vai continuar a trabalhar. “Fazer sondagens em simultâneo quando as pessoas estão concentradas com um outro ato eleitoral e extrapolar isso para um ato regional, acho que de alguma forma condiciona sempre as pessoas”, diz inicialmente.

Mas, ainda assim, “apraz-nos dizer que sondagens são o que são. Entendemos que o Bloco de Esquerda faz falta no Parlamento Regional e daremos continuidade ao trabalho que temos vindo a fazer que é da defesa de quem trabalha, dos direitos das pessoas. AO fim ao Cabo é isso que fizemos, foi esse o mote da nossa campanha, a luta pela habitação, pelo salário, contra o aumento do custo de vida, por melhores condições para quem trabalha e quem vive na Madeira, contra os poderes instalados de favorecimento de determinadas elites e determinados grupos económicos que dominam a Região e empobrecem quem trabalha. E é isso que continuaremos a fazer, para ajudar a que os madeirenses possam ter uma vida boa”.

Factual é que a direita continua a subir e que o cenário de maiorias absolutas está cada vez mais distante, duas realidades, de resto, transversais ao todo do país. Dina Letra concorda. “Sim, o país virou à direita”, anui a coordenadora do BE Madeira. Mas a esquerda mantém ainda uma presença muito grande e muito forte a nível nacional. Sabemos que na Região Autónoma da madeira é sempre muito diferente. Temos um cenário aqui na Madeira que é diferente do todo nacional”.

Ou seja, “enquanto no Continente há um maior equilíbrio entre as forças políticas, de direita e de esquerda, e isso notou-se nestas eleições, a nível regional isso nunca aconteceu. Houve sempre uma hegemonia muito grande do PSD Madeira, que paulatinamente tem vindo perder força e queremos que esse seja o caminho a continua: a perda de maioria do PSD. Que todos nós sabemos que continuará a governar, porque quer o Chega quer a Iniciativa Liberal estarão sempre disponíveis para dar a mão a este legado que muito mal tem feito à vida de quem aqui vive no seu dia a dia”

Num breve olhar para a atual realidade madeirenses, Dina Letra constata que “não estamos melhor do que estávamos em 2019, ao contrário do que diz o secretário regional da Economia, que se regozija com o aumento da economia. Cresceu bastante, mas isso não se traduz na melhoria de vida das pessoas porque o empobrecimento, com um nível regional de cerca de 30%, é dramático. A economia pode estar bem, mas as pessoas não, porque o dinheiro está a ir para algum lado, mas não é para mudar a vida de quem trabalha”.

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