Na sua primeira intervenção na Madeira como secretário geral do PCP, Paulo Raimundo comentou o empobrecimento crescente da população em Portugal e, em particular na Madeira, afirmando que "não contem com PCP" para interesses dos grupos económicos, "assente na criação de clientelas e dependências diversas que levam ao enriquecimento de uns poucos à custa da exploração dos trabalhadores e do empobrecimento do povo".
Mostrando-se conhecedor das lutas dos madeirenses, através do PCP, como no acesso à saúde e à habitação, Paulo Raimundo lembrou a importância do futuro hospital da Madeira, mas com um investimento que obriga o governo regional "a travar o negócio da doença que os grupos privados procuram levar adiante".
"Fazer das injustiças forças para lutar, é este o apelo do PCP", acentuou o responsável, em aspirações com o aumento dos salários e condições de trabalho.
Disse que na Madeira, "há luta, resistência, intervenção coerente" do PCP, criticando as políticas do PSD e CDS, sem esquecer o PS na Madeira e no país, enquanto governo.
Paulo Raimundo também se pronunciou sobre as próximas eleições regionais, afirmando que "vamos para a disputa com grande confiança" em garantir a alternativa política na Madeira.
O secretário geral do partido está confiante de que o PCP irá recuperar um grupo parlamentar na Região, tendo antes elogiado o trabalho desenvolvido pelo deputado Ricardo Lume no parlamento.
"Em outubro, o reforço da CDU é a condição mais segura para dar voz aos trabalhadores e ao povo, dar mais força à realização das suas aspirações e direitos", disse.
Entre outras afirmações, Paulo Raimundo reiterou que "vamos ser, e é que vamos ser mesmo" alternativa política na Madeira.
Paula Abreu