O Partido Reagir, Incluir, Reciclar (RIR) defendeu hoje uma política de habitação “responsável, planeada e próxima das pessoas”, por parte da SocioHabita, a empresa municipal que gere o parque habitacional do Funchal.
“Enquanto existirem bairros sociais degradados e casas municipais sem condições adequadas, não faz sentido avançar para novas construções que apenas mascaram os problemas existentes, em vez de os resolver”, afirma o partido, em comunicado.
Para o RIR, a cidade do Funchal tem exemplos evidentes desta realidade, designadamente, o Bairro de Santa Maria, “onde o abandono e a degradação saltam à vista”. Lá, “falta de manutenção, há imóveis fechados há anos e espaços comuns em ruína” que “mostram bem o falhanço de uma estratégia consistente de habitação social”. Outro exemplo é o Bloco II do Canto do Muro, “cuja demolição é defendida pela Câmara Municipal, quando peritos e técnicos garantem que a recuperação é possível e mais vantajosa”. Este é, para o RIR, “um caso paradigmático de má gestão de património público”.
No entendimento do RIR, as prioridades devem ser “recuperar e reabilitar o património habitacional existente, garantindo condições dignas às famílias que nele vivem; implementar programas de manutenção regular e preventiva que evitem que os bairros sociais cheguem ao estado de abandono que hoje conhecemos; e adotar uma gestão séria e transparente, que trate a habitação como um direito e não como um instrumento de propaganda”.
O partido acrescenta que o ”Funchal não precisa de mais betão. Precisa de planeamento, responsabilidade e respeito pelos cidadãos. A verdadeira transformação começa por cuidar do que já existe”.