A candidatura do PS-Madeira às eleições legislativas nacionais do próximo domingo apelou hoje ao voto no partido, assegurando que os deputados socialistas serão vozes firmes na defesa dos interesses dos madeirenses e porto-santenses na Assembleia da República, ao contrário do PSD, que tem sido incapaz de resolver os problemas.
Esta manhã, os candidatos do PS estiveram em contacto com a população na vila da Ribeira Brava, ocasião em que Emanuel Câmara deu exemplos do quanto é importante ter vozes do PS no Parlamento nacional.
“A Região Autónoma da Madeira sempre foi mais beneficiada com a presença dos Governos da República da responsabilidade do PS do que com outros, como o da AD”, afirmou, deitando por terra a ideia de que “tentaram vender ao longo desta campanha, de que os últimos onze meses com este Governo da AD foram os melhores de sempre”. “Os madeirenses sabem que isso não corresponde à verdade”, esclareceu.
O cabeça de lista do PS lembrou que foi com os executivos do PS que houve a duplicação de verbas do PRR para a Madeira (graças às quais está a ser possível construir habitação pública), que foi aprovado o Projeto de Interesse Comum do Hospital, garantindo a comparticipação do Estado em 50%, que foi aprovada a Lei de Meios para acudir à Região aquando do 20 de Fevereiro e que houve o perdão da dívida.
Face a este histórico, Emanuel Câmara apelou à confiança dos madeirenses, dizendo que no próximo domingo estará em causa a eleição de um Governo do PS ou “uma geringonça de direita, em que já não basta só o PSD com o CDS como bengala – a chamada AD – e já se quer pôr a IL”, alertando ainda para o perigo que a aliança entre estes partidos pode representar, nomeadamente com a intenção de privatização do sistema público de pensões. Referindo-se a este risco, o candidato contrapôs com o tempo em que se tentava “enganar as pessoas menos esclarecidas, dizendo que se não votassem no PPD iam cortar-lhes a reforma”.
Mais recursos humanos para o Lar da Tabua e estrutura de transição
Esta manhã, a candidatura socialista visitou também o Lar Intergeracional da Tabua, com o foco, neste caso, nas unidades de acolhimento na infância e juventude. Ocasião para enaltecer o trabalho que ali é desenvolvido em várias valências e para alertar para a importância de dotar esta instituição de mais recursos humanos, com vista também a aprofundar a interação destes utentes com a comunidade, através da realização de atividades fora do lar.
Na ótica do PS, é fundamental garantir apoio à instituição, mas não apenas definindo rácios com base em parâmetros quantitativos. “Para um trabalho de qualidade, é preciso atender à diversidade de valências que o lar tem”, sublinham os socialistas.
De destacar ainda a necessidade de criação de uma estrutura de transição que ajude os jovens na sua autonomização e integração na sociedade, após a saída das casas de acolhimento. Uma medida que, aliás, já havia sido proposta pelo PS, mas chumbada pela maioria na Assembleia legislativa da Madeira.