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Paulo Cafôfo defende agricultura como atividade estratégica para a RAM

JM-Madeira

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Data de publicação
12 Maio 2021
21:07

Paulo Cafôfo, presidente PS-Madeira defendeu, hoje, que a agricultura tem de ser vista como uma atividade estratégica para o desenvolvimento da Região e lamentou que os problemas do setor continuem por resolver apesar dos fundos europeus existentes desde que Portugal está na União Europeia.

O dirigente socialista foi um dos intervenientes na 7.ª edição do 'Roteiro Geração Madeira', promovido pela eurodeputada Sara Cerdas, que decorreu na Ponta do Sol, subordinado à temática 'Agricultura - Agir local, Pensar Global'.

Segundo Paulo Cafôfo, o Governo Regional "não tem tido a capacidade de usar os muitos milhões que tem recebido da Europa, vindo a derramá-los em vários locais, como na marina do Lugar de Baixo, fazendo com que para a agricultura sejam sempre migalhas".

O presidente do PS-Madeira deu referiu que na Região a área agrícola tem vindo a diminuir, assim como o número de agricultores, adiantando que estes correspondem a 9% da população, quando, por exemplo, nos Açores, 22% da população está na agricultura.

As dificuldades na valorização dos produtos regionais e a baixa produtividade foram outros assuntos focados. Neste contexto, apontou a existência de "bloqueios e impedimentos ao associativismo", nomeadamente no setor da bananicultura.

"Ninguém está contra a GESBA. O que estamos contra é que os agricultores não possam, se quiserem, não estar dependentes da GESBA e formarem eles próprios a sua associação. Nós não queremos que o Governo ponha a mão em tudo. O que queremos é o contrário, é que o investimento público e as políticas públicas agrícolas possam servir para incentivar a atividade e atrair gente para a agricultura de uma forma rentável", defendeu.

Paulo Cafôfo apontou três áreas que considera fundamentais para o futuro no que diz respeito ao setor. Em primeiro lugar, a diminuição a dependência do exterior, com a valorização do produto regional, aumento da produção, diversificação da economia agrícola e a aposta na agricultura biológica. Um segundo aspeto prende-se com as questões da adaptação climática e da transição ecológica, sendo necessário uma maior eficiência dos recursos hídricos e um novo modelo de gestão florestal. Por fim, apontou a importância do ordenamento do território para combater o despovoamento. "Não se pode povoar sem olhar para o setor agrícola", concluiu.

Iolanda Chaves

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