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Ordem dos Assistentes Sociais reage com “profundo desagrado” a declarações de Miguel Albuquerque

Data de publicação
15 Outubro 2025
12:21

A Ordem dos Assistentes Sociais (OAS) manifestou “profundo desagrado” pelas declarações proferidas ontem por Miguel Albuquerque, na Ribeira Brava, durante a inauguração das obras de requalificação urbana da vila.

Na ocasião, o presidente do Governo Regional afirmou que “os centros de decisão do Governo e das câmaras não precisam de assistentes sociais”, uma frase entendida como uma alusão política a Fátima Aveiro, candidata do JPP à Câmara do Funchal e profissional da área da ação social.

Em resposta escrita dirigida a Miguel Albuquerque, a OAS afirma ter recebido “inúmeros contactos da Região Autónoma da Madeira e de todo o país” sobre as declarações do chefe do executivo madeirense, considerando que estas “visam diretamente a categoria profissional dos assistentes sociais”.

A Ordem recorda que, segundo os registos disponíveis, o governante terá dito que “os lugares de decisão precisam de pessoas sem medo de tomar decisões, de facto, e não de assistentes sociais nem de palradores” e também que “os centros de decisão não são para assistentes sociais”.

“Foi com surpresa e apreensão que tomámos conhecimento destas declarações públicas que tão diretamente julgam inopinadamente o papel e a função dos assistentes sociais, nomeadamente em cargos de decisão”, refere a missiva assinada pela presidente da OAS, Fernanda P. Rodrigues.

A organização considera que as palavras de Albuquerque revelam “desconhecimento” e são “severamente lesivas de uma profissão centenária, que se renova todos os dias e não pode ser confundida com práticas assistencialistas ou de favores sociais”.

A OAS sublinha ainda a sua “perplexidade” perante o teor das declarações, tendo em conta a “colaboração” que a Ordem afirma ter mantido com o Governo Regional “em mandatos anteriores e atuais”.

A carta, enviada ao líder do executivo madeirense, sustenta que as declarações “lesam os assistentes sociais, as medidas de política, programas e organizações geridas por estes profissionais” e, em última instância, representam “um desrespeito público por uma profissão que serve toda a sociedade, mas com particular atenção para os mais vulnerabilizados e indefesos”.

A Ordem conclui afirmando que cabe ao governante “encontrar os meios adequados e proporcionais de reparação das declarações lesivas proferidas”.

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