“Chegou a hora de dizer basta! Basta de promessas vazias e que nunca saem do papel! Basta de uma política que serve os interesses próprios e dos amigos em vez de servir o Porto Santo! Basta de prioridades trocadas, de recursos mal geridos e dos mesmos erros!”
As declarações foram proferidas, ontem, pela candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal do Porto Santo, num jantar-comício com militantes e simpatizantes, no qual afiançou que o propósito da sua equipa é servir o Porto Santo, trabalhar por um futuro melhor, mais justo e mais inclusivo.
“Estamos a poucos dias de uma decisão que pode mudar o rumo da nossa terra. As eleições autárquicas são um exercício de cidadania, de responsabilidade e esperança e, por isso, não podemos ficar em silêncio nem deixar que os outros decidam por nós”, alertou Nádia Melim, apelando à confiança dos porto-santenses no projeto que encabeça, o qual tem as melhores propostas para responder aos desafios que a ilha enfrenta.
No domínio da habitação, a socialista defende a aquisição de terrenos para este efeito, bem como a requalificação de prédios devolutos, e critica o falhanço do atual executivo camarário. Como deu conta, o atual presidente apresentou um projeto de habitação, mas acabou por não o executar, o que resultará na devolução de 8 milhões de euros de verbas do Plano de Recuperação e Resiliência.
Lembrou que foi com as câmaras do PS que foi possível adquirir terrenos para a habitação na ilha, dando como exemplos locais como a Camacha, o Vale do Touro, a Lapeira e o Moinho do Cró.
Já no que se refere ao turismo, Nádia Melim entende que o Porto Santo deve voltar a ter um parque de campismo, para captar um nicho que não se fique apenas pelo regime ‘all inclusive’ nos hotéis e que contribua para a dinamização da economia local. Defende, também, melhores acessos à praia.
A candidata do PS compromete-se com o apoio às famílias, através de uma ajuda no pagamento das propinas para os estudantes universitários e da atribuição de 120 euros por mês, durante dois anos, por cada criança nascida no Porto Santo. Garante ainda a valorização da cultura, propondo, entre outras medidas, a criação de um núcleo etnográfico com a recriação da tradicional casa de salão, e a fundação de uma banda municipal.
Por seu turno, o presidente do PS-Madeira destacou a garra e o espírito de luta e de trabalho de Nádia Melim, qualidades que espera sejam reconhecidas pelos porto-santenses para que, pela primeira vez, o Porto Santo tenha uma mulher eleita presidente de câmara.
Paulo Cafôfo relevou o lema da candidatura – ‘Primeiro o Porto Santo’ – assegurando que o PS é um meio para transformar a vida das pessoas e o Porto Santo, com ideias que possam ser vertidas em ação. Mas, para isso, disse, “temos de governar”.
O líder dos socialistas salientou que “é preciso dar a volta ao Porto Santo”, algo que só pode acontecer com o PS, o partido que tem as melhores propostas. Cafôfo referiu que “no Porto Santo mandam os porto-santenses” e denunciou que “este candidato, que ainda é presidente de Câmara, é mandado pela Quinta Vigia”. “É por isso que precisamos de uma presidente como a Nádia, que possa lutar e dizer as coisas, e não se agachar perante a Quinta Vigia”, sublinhou.
O presidente do PS alertou ainda as pessoas para que “não metam os ovos todos no mesmo cesto”. “Já temos o Governo Regional do PSD. O que é que a Câmara do Porto Santo vai ganhar por ter uma governação da mesma cor. Não tem ganhado nada”, rematou.