Maria Ramalho, Ministra do Trabalho, presente esta manhã no Seminário ‘Políticas Públicas de Emprego: Perspetivas Europeia, Nacional e Regional’, assumiu que a greve geral do passado dia 11 teve, de facto, impacto social, mas que o Governo vai manter o anteprojeto do pacote laboral apresentado.
Quanto aos números da greve, que apontam para 3 milhões de portugueses a aderir, “o Governo tem outros dados, oficiais (...) os que temos é que a greve incidou sobretudo no setor público (...) o que não significa que não tenha tido um impacto social “muito relevante”, porque “incidiu sobre setores que têm a capacidade de paralisar para além do número de adesões formais”.
Ainda assim, “o caminho que o Governo está a fazer é aquele que vai manter. Ou seja, o Governo apresentou um anteprojeto, uma base de construção de soluções, e esperamos que as centrais sindicais também contribuam para essas soluções”.
Paula Margarido destaca projetos da Região
Quanto à intervenção da secretária regional de Inclusão, Trabalho e Juventude, foi sublinhado “o bom desempenho do mercado laboral madeirense, com destaque para o programa CRIEE – Criação do Próprio Emprego”, que em 2025 aprovou 35 projetos, criando 47 postos de trabalho. Desde 2015, soma 590 projetos e 987 empregos criados.
“Mais do que números, estes programas representam autonomia, responsabilidade e dignidade”, afirmou.
Paula Margarido referiu ainda os programas 100 Diferenças, EVA e Profamília, que promovem inclusão ativa, e salientou o papel do Fundo Social Europeu Mais (FSE+): “O FSE+ tem sido decisivo para transformar orientações europeias em respostas concretas no nosso território.”