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JSD discutiu dependências e saúde mental

Data de publicação
15 Janeiro 2024
17:23

No âmbito da Campanha Internacional Janeiro Branco – Importância da Saúde Mental, a concelhia de Machico da JSD promoveu um Debate Aberto sobre a adição a substâncias psicoativas e alcoolismo.

A referida iniciativa, que decorreu no passado dia 13 de janeiro na sede do PSD/Machico, contou com a presença de Nélson Carvalho, Silvana Spínola e Carla Pita, profissionais de saúde ligados à saúde mental e teve como pano de fundo as dependências e as possíveis estratégias para mitigar os consumos.

Margarida Figueira da Silva, líder da estrutura local da JSD Machico, começou por referir que “no arranque deste mandato da estrutura da JSD/Machico sentimos que era importante trazer para a agenda política, a saúde mental e o impacto das novas dependências, nomeadamente, o consumo de substâncias psicoativas, entre os jovens”.

A Presidente da JSD/Machico destacou ainda a importância do “diagnostico da patologia numa fase precoce” como forma de sucesso dos tratamentos de saúde mental. “Muitas vezes, o sucesso na recuperação de um jovem e futuro adulto passa pela capacidade de atuar de forma rápida”, no entanto a jovem dirigente alerta para o facto de as novas substâncias psicoativas serem “estruturalmente diferentes das conhecidas drogas clássicas” podendo algumas moléculas das referidas substâncias psicoativas terem efeitos muito mais gravosos e irrecuperáveis. “A nossa ação tem como objetivo alertar os jovens para os perigos dos consumos de substâncias que podem ser 800 vezes mais potentes que a heroína”, referiu a título de exemplo.

No âmbito das intervenções dos oradores convidados foi abordada a evolução do número de internamentos ao longo dos últimos anos, tendo havido ainda oportunidade de referir algumas das medidas que se têm procurado adotar a partir da Madeira para o resto do país. Nas palavras de Margarida Figueira da Silva “o país tem ainda um longo caminho a percorrer quando, em matéria de saúde mental, as recentes alterações trouxeram mais limitações ao tratamento não voluntário de cidadãos, jovens e menos jovens, que constituem, em algumas situações, perigos para a sociedade”, aludindo à alteração recente à Lei de Saúde Mental que dificulta o internamento compulsivo. A jovem dirigente laranja referiu ainda que “investir na Saúde Mental é fomentar a qualidade de vida dos cidadãos”, destacando como “muito positivo” que às Escolas da Madeira tenham o maior rácio de psicólogos por aluno do país “há já vários anos”.

Da intervenção dos diferentes oradores, destaca-se a necessidade de rever a legislação relacionada com os comportamentos aditivos e dependências, bem como, as questões relativas à aplicação da nova lei de saúde mental que continua a deixar de fora circunstâncias até então salvaguardadas. Todos foram unanimes na necessidade de combater o estigma associado às doenças do foro da saúde mental, pois são naturais e podem ocorrer a qualquer um.

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