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JPP estreia-se na Assembleia da República com “enorme responsabilidade” de transmitir os problemas da “pérola do Atlântico”

Data de publicação
03 Junho 2025
13:04

Entre os 44 deputados estreantes que tomaram hoje posse na Assembleia da República existem diferentes prioridades e posicionamentos políticos mas um sentimento comum de “missão” e “entusiasmo”, com a expectativa de que a XVII legislatura chegue até ao fim.

Na antecâmara da Biblioteca Passos Manuel, na Assembleia da República, lê-se num placar: “Senhores deputados, nós e o futuro”. A frase é de Francisco da Costa Gomes, antigo Presidente da República, na sessão inaugural da Assembleia Constituinte.

Hoje, a sessão inaugural é outra, a primeira da XVII legislatura, e os 230 deputados eleitos dirigem-se durante todo o dia até à biblioteca para o tradicional acolhimento.

Neste local, que tem até direito a espelho para os últimos retoques antes da fotografia, são recolhidos dados para a emissão do cartão de deputado e preenchidos vários formulários.

João Pedro Louro, líder da Juventude Social-Democrata e estreante nas andanças parlamentares, confessou à Lusa que sente “uma grande responsabilidade de representar o povo português e, sobretudo, dar voz às novas gerações”.

O deputado social-democrata estabeleceu como prioridades a construção de um sistema de ensino e um mercado de trabalho “mais flexíveis”, além da “proteção digital” de crianças e jovens e manifestou a expectativa de que a legislatura dure até ao fim, “a bem da estabilidade e também da governação”.

Pelo Chega, Ricardo Lopes Reis é estreante como deputado mas já “está orientado” e conhece os cantos à casa. Foi assessor do partido no último ano e causou polémica depois de ter reagido no Twitter à morte de Odair Moniz, o cidadão cabo-verdiano que foi baleado mortalmente por um agente da PSP no bairro da Cova da Moura, com a frase: “Menos um criminoso... menos um eleitor do Bloco”.

O agora deputado afirmou que abordou o tema com o presidente do Chega, André Ventura, que “as coisas estão resolvidas” e que agora a prioridade é “trabalho, trabalho, trabalho”, manifestando um “sentido enorme de responsabilidade e de missão”.

Eva Cruzeiro, do PS, para quem os corredores do parlamento ainda são uma novidade, confessou à Lusa estar “completamente perdida”.

“O espaço é maior do que eu pensava, são muitos corredores, são muitas portas, este é um momento para treinar o meu sentido de orientação e ver se me consigo virar nos próximos dias”, afirmou a rapper e ativista.

A deputada reconheceu que a esquerda tem “um grande desafio pela frente” e assumiu como prioridades o combate à violência doméstica, os crimes do digital, e a delinquência juvenil.

Pelo Livre, a nova deputada Patrícia Gonçalves manifestou “um sentimento de missão, depois de tantos anos a ajudar a construir um partido que se está a afirmar”.

A agora deputada espera que os trabalhos parlamentares decorram “de uma forma equilibrada e respeitando o parlamentarismo”.

Ao ombro, levava um saco de pano oferecido aos deputados com um bloco de notas, uma edição do Regimento da Assembleia da República, a Constituição e uma coletânea de livros.

  • O deputado do Juntos Pelo Povo participou pela primeira vez nos trabalhos de uma sessão plenária da XVII Legislatura, na Assembleia da República.

Com um ‘pin’ na lapela da bandeira regional da Madeira, Filipe Sousa, duplo estreante – enquanto deputado e representante do partido Juntos Pelo Povo (JPP) –, confessou-se nervoso mas com “sentido de missão” e a “enorme responsabilidade” de transmitir os problemas da “pérola do Atlântico”.

Apesar de reconhecer que a eleição de deputado lhe irá mudar a rotina e de ainda não ter casa em Lisboa, Filipe Sousa diz ter feito as malas para uma legislatura de quatro anos e promete trabalhar para “criar pontes” e procurar “resolver os problemas que afetam o país real”, sem entrar em “guerrilhas políticas ou ataques pessoais”.

Entre as prioridades que define para esta legislatura, Filipe Sousa diz que não vai ser um “deputado de gabinete” e promete lançar a discussão sobre um novo referendo para a regionalização e a possibilidade de se criar, “no futuro, partidos regionais”, apesar de antecipar que irá encontrar “resistências do centralismo”.

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