A candidatura do Juntos Pelo Povo (JPP) à Câmara Municipal do Funchal classificou esta quarta-feira de “indignas” as condições em que se realiza o Mercado Biológico, numa das zonas mais nobres e movimentadas da cidade, a Avenida Arriaga, Placa Central.
Numa ação de contactos com as populações e ao passar pelo Mercado Biológico, a candidata do JPP aproveitou para trocar impressões com os agricultores e comerciantes. Na ocasião disse ter dificuldade em entender “como é que numa cidade da União Europeia não se criam condições dignas e decentes, de higiene e segurança alimentar, para permitir a quem trabalha a terra de uma maneira sustentável, sem fertilizantes, pesticidas e químicos, possa apresentar e comercializar condignamente os seus produtos”.
Fátima Aveiro recordou que esta situação acontece desde novembro de 2024, altura em que o Governo Regional, através da secretaria da Agricultura, decidiu “cortar unilateralmente” o apoio que prestava há vários anos aos comerciantes do Mercado Biológico, disponibilizando bancas, toldos e a própria montagem das estruturas.
“Acabaram com esse apoio, deixaram os agricultores e comerciantes por sua conta, abandonados, com produtos para consumo empilhados a partir do chão, e agora temos um Mercado Biológico que devia envergonhar o Governo e a Câmara, porque esta gestão autárquica do PSD/CDS também nada fez para ajudar estas pessoas, e é do bom-senso que aquilo que acontece no chão municipal tenha uma posição firme da Câmara, mas este é um excelente exemplo de como uma Câmara PSD/CDS se agacha aos ditames da Quinta Vigia, também liderada pelo PSD/CDS”, acentuou a candidata.
Fátima Aveiro faz saber que o presidente do Governo Regional tem afirmações públicas a garantir que o seu executivo “incentiva a agricultura biológica, através do PRODERAM”, mas “o que diz não se escreve” porque, sublinha a candidata, “permitiu com a sua conivência que a secretaria da Agricultura retirasse todo o apoio que concedia, abandonasse os agricultores e não tivesse apresentado uma alternativa condigna para poderem escoar os produtos”.
Com a campanha a entrar na reta final, Fátima Aveiro apela ao voto no JPP e explica as razões: “No dia 12 a mudança está unicamente nas mãos dos funchalenses. Só com essa coragem será possível evitar estas situações e tantas outras que o JPP tem encontrado e escutado nesta cidade. Está nas mãos dos funchalenses não votar sempre nos mesmos e ajudar a construir uma cidade onde todos são tratados com dignidade e incentivados, nas suas ideias, propostas e negócios. Se o JPP merecer a confiança dos funchalenses, a Câmara irá disponibilizar um lugar adequado para termos um Mercado Biológico digno, e não esta cena de terceiro mundo”.