A candidatura da Iniciativa Liberal à Câmara Municipal do Funchal, liderada por Sara Jardim, esteve hoje nos jardins do lido em contacto com os munícipes, para transmitir que continua a considerar que o turismo é uma das grandes forças do Funchal, apenas precisando de regras claras, planeamento e seriedade na forma como se investem os recursos gerados.
Sara Jardim afirmou “compreender a insatisfação que muitos residentes sentem face ao crescimento significativo do turismo. No entanto, não nos podemos esquecer que, segundo um estudo recente, 27% do emprego na Madeira é gerado por empresas de turismo. E se considerarmos os postos de trabalho indiretos, esta percentagem é muito superior. Desta forma, quer queiramos, quer não, a Madeira não pode sobreviver sem um sector turístico robusto.”
Assim, a Iniciativa Liberal defende que o debate sobre turismo não pode ser feito na base de proibições ou medidas avulsas. Segundo Sara Jardim, “Estamos a entrar numa espiral de proibições – de AL, de TVDE, de rent-a-cars, etc. – que, no limite, nos vai levar a uma limitação do número de aviões que podem aterrar na Madeira. É isso que queremos?! As proibições cegas prejudicam os mais pequenos, precisamente aqueles que mais dependem do Turismo e que encontraram no mesmo uma oportunidade de negócio e uma fonte de rendimento. O Turismo não pode beneficiar apenas alguns, e deixar de fora quase todos os outros.”
O partido defende uma visão integrada para o Turismo, assente em quatro pilares fundamentais:
Regulação do Alojamento Local e da oferta hoteleira: regras claras e transparentes que garantam equilíbrio entre moradores e visitantes, em vez de políticas de proibição que só criam informalidade e incerteza.
Ordenação do território: planeamento urbano que permita compatibilizar habitação, comércio e turismo, evitando a concentração excessiva e preservando a identidade das zonas residenciais.
Gestão de fluxos de turistas e viaturas: políticas inteligentes de mobilidade, de sinalização e de organização dos circuitos turísticos, de modo a reduzir congestionamentos e impactos negativos para residentes.
Investimento real e eficaz: garantir que as receitas cobradas aos visitantes, nomeadamente a taxa turística, são aplicadas em infraestruturas, equipamentos e serviços que melhorem a experiência turística, mas que também beneficiem os residentes.
Segundo Sara Jardim, candidata da Iniciativa Liberal à Câmara Municipal do Funchal, “o Funchal não pode ser um paraíso para os turistas e um inferno para os residentes. No entanto, o turismo não deve ser visto como um problema, mas sim como uma oportunidade. Só precisamos de o gerir com critério e com base em requisitos de qualidade: regular o alojamento local em vez de proibir, ordenar o território em vez de improvisar, gerir fluxos e capacidades de carga em vez de deixar o caos instalar-se e investir a taxa turística naquilo que realmente pode fazer a diferença.”
Para a IL, o futuro do turismo no Funchal passa por transformar esta atividade num verdadeiro motor de riqueza partilhada, onde residentes, pequenos negócios e visitantes beneficiam em conjunto, e onde a cidade cresce de forma equilibrada e sustentável.