!As recentes declarações do embaixador João Pedro Fins do Lago sobre a comunidade portuguesa na Venezuela são de uma enorme falta de sensibilidade política”, considera Alícia Teixeira, da IL, “numa altura em que os venezuelanos enfrentam com coragem um regime autoritário que viola direitos humanos e reprime vozes dissidentes, as palavras do embaixador, apelando à ‘calma’ e à ‘equidistância’, foram vistas como um sinal de capitulação política e de falta de compromisso com os valores democráticos”.
As declarações do embaixador, que descreveu a comunidade portuguesa como “trabalhadora” e “tranquila”, pedindo-lhe que se mantivesse “equidistante” das divisões políticas do país, foram, segundo a IL, “não apenas insensíveis, mas perigosamente condescendentes”. “Esta posição reforça uma atitude de silêncio cúmplice perante o regime de Nicolás Maduro, que se mantém no poder através de eleições fraudulentas e repressão violenta”, adita.
“As palavras do Sr. Embaixador refletem um padrão de negligência institucional que ignora as condições reais em que vive a comunidade portuguesa na Venezuela — uma das maiores fora de Portugal — composta por milhares de cidadãos que enfrentam pobreza extrema, insegurança alimentar e falta de acesso a cuidados de saúde”, acrescenta.
“Não é aceitável que um representante do Estado português peça aos portugueses que calem a sua indignação e aceitem a realidade opressiva imposta pelo regime de Maduro,” afirmou Nuno Morna, Deputado Único da Iniciativa Liberal na ALRAM.
Nuno Morna anunciou que enviou para discussão e aprovação na ALRAM, um Voto de Protesto contra as palavras do Embaixador de Portugal na Venezuela.