A Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil repudiou hoje “as tentativas” do PS de “denegrir o trabalho realizado” pelos profissionais da Proteção Civil, no combate aos incêndios de agosto.
Sem nomear diretamente aos socialistas, a secretaria regional tutelada por Pedro Ramos referiu-se ao PS como “um partido político”, no esclarecimento enviado esta tarde às redações.
”As afirmações do partido político evidenciam falta de clareza com a realidade dos factos e servem apenas os seus interesses partidários, internos e familiares”, anota o Governo em comunicado, reiterando que “o combate ao incêndio correu bem, pois, felizmente, não houve habitações consumidas, vítimas a lamentar, nem registo de destruição de infraestruturas essenciais. O mais importante, como em qualquer resposta em situações de catástrofe, foi alcançado”.
Pelo exposto, “repudiamos as tentativas de denegrir o trabalho realizado com o objetivo de obter ganhos políticos”, pode ler-se na nota, onde é considerado também que as declarações de hoje do PS “são desrespeitosas perante todos aqueles que incansavelmente trabalharam para combater e minimizar os impactos do incêndio”.
Antes de voltar a agradecer “a todos os envolvidos no combate ao incêndio ocorrido em agosto”, o comunicado informa que “hoje terminou mais uma edição do curso de resposta a situações de catástrofe, conhecido como MRMI – Medical Response to Major Incidents, para o qual os partidos políticos foram desafiados a participar” e que “nenhum elemento deste partido político se propôs a participar”.
Para o governo, “isso é demonstrativo da sua falta de interesse em conhecer a realidade daqueles que estão verdadeiramente no terreno para assegurar a resposta a situações adversas”.
Recorde-se que, hoje, como o JM deu conta, Paulo Cafôfo criticou as “mentiras, contradições e ocultações” proferidas pelo Governo Regional, no que diz respeito ao combate aos incêndios.
O presidente do PS Madeira adiantou que “as informações que têm sido veiculadas pelos especialistas ouvidos na Comissão de Inquérito configuram matéria para ser enviada ao Ministério Público”.