Tiveram lugar, esta manhã, as comemorações do 470º aniversário da freguesia da Fajã da Ovelha.
Na ocasião, Gabriel Neto, presidente da Junta de Freguesia, fez questão de demonstrar a sua preocupação relativamente ao despovoamento que avassala a freguesia. "É um flagelo que se tem arrastado ao longo dos anos, a falta de emprego levou muitas famílias para a migração, no passado, muitos jovens partiram à procura de melhores oportunidades", recordou o presidente.
"Uma freguesia como a Fajã da Ovelha, rural e muito dispersa, torna a atividade das entidades públicas mais difícil, mas é nossa convicção ultrapassar e inverter esta situação", reiterou Neto, sublinhando, por outro lado, o potencial da localidade a nível do turismo, da agricultura, do desporto, da cultura e do lazer.
Deste modo, o presidente da Junta pediu à Câmara Municipal e ao Governo Regional que interviessem com apoios, de modo a combater as fragilidades que se impõem à Fajã da Ovelha.
Por sua vez, Doroteia Leça, presidente da Câmara Municipal da Calheta, frisou, também, o despovoamento, como uma das suas principais preocupações relativas à freguesia aniversariante. "Esta bonita freguesia foi, ao longo dos anos, perdendo população, deixando para trás imóveis abandonados e uma população tendencialmente mais envelhecida. É este cenário que importa, a todos nos, combater e contrariar", sublinhou.
Também presente na ocasião, Rui Barreto, na sua intervenção, vincou a importância do trabalho de cooperação entre as juntas de freguesia, os municípios e o Governo Regional, "capaz de edificar o desenvolvimento integral do nosso povo".
O secretário regional da Economia aproveitou o momento para lembrar o trabalho que tem vindo a ser efetuado. "O Governo Regional tem procurado dar melhores condições de vida às populações, quer seja na área da saúde, com a modernização de unidades de saúde como a da Calheta, ou com a construção da maior infraestrutura pública, o Hospital Universitário da Madeira".
O governante reforçou, ainda, o "desenvolvimento integral" que abrange a rede rodoviária "absolutamente invejável, que liga toda Região, graças à autonomia e aos madeirenses que residem na Madeira, mas também aos emigrantes".
A propósito das necessidades de habitação, fez referência aos 800 novos fogos que serão construídos até 2026, ao abrigo do PRR, bem como à reativação das cooperativas de habitação.
"Aqui na Madeira há estabilidade, há ordem, há uma visão de futuro", concluiu o dirigente.
Lígia Neves