Vários estafetas da Glovo estiveram hoje em greve e muitos concentraram-se, ao início da noite, na Avenida do Mar, no Funchal, reivindicando melhores condições de trabalho, melhores salários e mais qualidade de vida.
No passado mês de maio, um pouco por todo o País, estes profissionais também fizeram uma jornada de luta. No entanto, à época, a plataforma de entrega de comida e outros bens informava aos clientes que a indisponibilidade de serviço devia-se a "uma alta procura".
Cansados de "uma luta inglória", como fez saber um profissional do setor ao JM, que preferiu manter o anonimato, foram vários os estafetas que decidiram, hoje, "encostar" as malas de transporte e "parar o serviço". Aliás, já ontem "muitos colegas não fizeram o serviço", acrescentou o nosso interlocutor.
Lamentando que "não nos estão pagando uma taxa que atenda às nossas necessidades", os profissionais lembram que "suportamos chuva, sol, frio, para agradar os nossos clientes", assim como enfrentam, não raras vezes, alguns dissabores, e "o reconhecimento não é o devido".
Na Avenida do Mar, o protesto foi visível, com as bolsas empilhadas umas em cima das outras, as motas e carros encostados e os trabalhadores a aguardar melhores dias...
Carla Sousa