O CHEGA-Madeira acusou, hoje, Secretaria da Educação de viver obcecada com números e burocracia.
Na sequência de contactos com a população, Miguel Castro, presidente do CHEGA-Madeira e cabeça de lista do partido às eleições legislativas regionais, afirmou que vários pais e encarregados de educação expressaram preocupações quanto ao clima que se vive em algumas escolas, assim como quanto às condições de trabalho que lá encontram.
"Estamos muito perto do regresso às aulas e é normal que as famílias voltem a refletir de forma mais incisiva sobre o espaço onde os seus filhos passam grande parte do seu dia e onde vão aprender os conhecimentos que lhes vão permitir um futuro melhor, pois a educação é, na nossa opinião e na visão de muitos, o melhor elevador social e a plataforma a partir da qual as sociedades podem construir um mundo mais responsável", começou por afirmar o responsável, que reitera que o tema da educação tem de ser alvo continuado da atenção da parte dos governos e das forças políticas.
"As escolas devem ser espaços seguros para o crescimento dos alunos, mas assistimos, cada vez mais, ao agravamento dos desafios que são enfrentados pela comunidade escolar, desde a sexualidade precoce, a secundarização da importância dos valores e o afastamento das famílias do processo educativo à falta de recursos, menorização do estatuto de autoridade dos professores e a enorme sobrecarga do pessoal docente com tarefas burocráticas sem qualquer utilidade, nem sentido. Não é desta forma que vamos construir um ambiente escolar positivo, nem que vamos preparar as gerações para as exigências e características do mundo globalizado", condenou.
A este propósito, o líder o CHEGA-Madeira mais afirmou que o governo insiste em fazer propaganda do trabalho que faz no setor da Educação, em vez de olhar com objetividade e seriedade para o que de grave se tem vindo a passar dentro de muitas das escolas da Região.
"Temos uma Secretaria de Educação que vive obcecada com números e que vive para as estatísticas, quando o enfoque da Educação devem ser as pessoas e as famílias. Por isso, enquanto o PSD não tiver a humildade de perceber que é preciso mudar o paradigma, se verdadeiramente quiser ajudar a construir uma escola para o século XXI, então nunca será capaz de servir a Madeira e o Porto Santo. Para mudar a Educação e para termos escolas que são verdadeiras comunidades, assentes em valores, em princípios, em laços de cooperação com as famílias e vocacionadas para a preparação de seres humanos com noções cívicas e espíritos inquisitivos, temos que mudar as pessoas que assinaram as decisões que nos levaram aos problemas que as escolas hoje enfrentam", rematou.
Redação