O Chega-Madeira reuniu, esta manhã, com Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, com quem o partido discutiu o cenário de eleições legislativas antecipadas na Região Autónoma da Madeira.
No encontro, Miguel Castro, presidente do Chega-Madeira, fez-se acompanhar por Hugo Nunes, membro da direção do partido, e Francisco Gomes, deputado do Chega, na Assembleia da República.
Já junto do presidente da República, o líder do Chega-Madeira transmitiu a posição que já expressou publicamente em várias ocasiões, nomeadamente de que o actual Governo Regional “não reúne as condições políticas necessárias para governar” e, por isso, devem ser convocadas novas eleições legislativas.
De recordar que, a 25 de janeiro, o Chega-Madeira anunciou uma moção de censura ao executivo de Miguel Albuquerque, a qual submeteu na Assembleia Legislativa da Madeira no dia seguinte.
“As investigações que estão em curso revelaram publicamente aquilo que o Chega-Madeira já vem a denunciar há muito, nomeadamente a promiscuidade vergonhosa que existe na Madeira entre certos detentores de cargos públicos e certos grupos económicos, a qual não só lesa o dinheiro público em muitos milhões, como também corrompe os processos de decisão, revestindo com uma camada de opacidade, clientelismo, compadrio e amiguismo a gestão da Causa Pública”, notou Miguel Castro à saída do Palácio de Belém.
A juntar a isto, o presidente do Chega-Madeira sublinhou o que é, a seu ver, a falta de legitimidade política do governo regional que está ainda em funções. “É evidente que não existem condições, depois de tudo o que se passou e face aos problemas que este governo tem demonstrado desde o momento que disse que se demitia, se não tivesse maioria, e depois ficou no governo com as bengalas o CDS e dos fundamentalistas do PAN.”
Quanto à possibilidade de novas eleições, o Chega-Madeira afirma que “está pronto para novas eleições”, apresentando às populações propostas sérias de governação e trabalhando para que a Região tenha um governo estável e capaz de implementar as políticas que a Região precisa para fazer frente aos problemas que afetam a vida da população.
“Não temos medo de ouvir a população e de dar a palavra à população, pois sabemos que a população sabe decidir e, na sua sensatez, escolher o melhor rumo para a nossa terra. Mais do que qualquer outro aspeto, é fundamental garantir políticas eficazes em áreas que continuam sem resposta, tais como habitação, Saúde, Educação, gestão da Causa Pública, apoio à família, defesa dos idosos e respeito pelas nossas forças de segurança.”