O presidente do Chega, Miguel Castro, reagiu com dureza aos recentes acordos firmados entre o JPP e o PSD nas freguesias de Santo António, São Martinho, São Pedro e Santa Maria Maior, classificando-os como uma “verdadeira traição à confiança dos eleitores” e uma “prova inequívoca de que o JPP é hoje apenas mais uma peça do sistema que tanto critica”.
Para Miguel Castro, o JPP “demonstrou aquilo que sempre esteve latente: uma sede insaciável de poder e uma total ausência de coerência” política. “O JPP revelou o seu verdadeiro rosto. Passou de um partido que se dizia independente, defensor do povo e crítico do sistema, para uma simples bengala do PSD. Na primeira oportunidade, e à luz do CDS, deitou-se logo com o sistema para garantir lugares e poder”, afirmou o líder do Chega.
Miguel Castro acusa o JPP de “vender-se por poder, de trair a vontade popular e de participar ativamente no abafamento da pluralidade” democrática nas freguesias onde se coligou com o PSD. “Estes acordos são um insulto à vontade da população e uma prova de que o JPP é, afinal, mais do mesmo. Venderam-se por conveniência, por cargos, e deixaram de representar a mudança que prometiam. É o sistema a reproduzir-se, e o JPP é agora cúmplice dessa encenação”, sublinhou.
O presidente do Chega exige que o JPP preste contas aos madeirenses e explique publicamente porque “preferiu pactuar com o sistema em vez de respeitar” a vontade popular. “A democracia local fica mais pobre quando partidos que se dizem diferentes se vendem ao poder à primeira oportunidade. Ao contrário do próprio Élvio Sousa, que desvalorizou a situação dizendo que o povo não quer saber dos acordos nas Juntas de freguesia, o Chega-Madeira continuará a ser a voz da verdade, da transparência e da coragem política que falta aos que vivem de arranjos e promessas vazias”, concluiu.