A vila da Ponta do Sol vive, este domingo, um dos momentos mais simbólicos do projeto ‘Um Dia Pela Vida’ com a realização da festa final do ‘Sol pela Vida’, que englobou uma arruada e a passagem da ‘Chama da Vida’.
O programa teve início logo pelas 07h00, com uma missa na Igreja Matriz, à qual se seguiu um momento musical com o violinista João Inácio. Pelas 08h30, arrancou a arruada pelas principais ruas da vila, culminando no Largo do Pelourinho com a chegada da ‘Chama da Vida’.
Este ato simbólico representou, segundo a organização, “a luz interior e a força de quem enfrenta o cancro”, sendo um dos momentos mais marcantes do dia, que contou com a participação de dezenas de pessoas, entre elas elementos da Associação de Motards da Ribeira Brava.
O extenso programa prolonga-se até cerca da 1h00 da madrugada e incluiu, entre outros destaques, a ‘Volta dos Vencedores’, um momento de homenagem aos sobreviventes da doença, e a ‘Volta dos Cuidadores’, dedicada a todos os que acompanham e apoiam os doentes.
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Durante todo o dia, a vila acolhe concertos, teatro de rua, atividades para crianças, aulas de yoga e a instalação da ‘Pista da Caminhada’, onde luminárias serão acesas em memória das vítimas da doença. A programação inclui ainda a transmissão em direto do jogo Benfica vs. Sporting no Centro Cultural John dos Passos.
A iniciativa insere-se no projeto ‘Um Dia Pela Vida’, promovido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, com o apoio da Câmara Municipal da Ponta do Sol, e mobiliza toda a comunidade local num gesto de solidariedade, esperança e celebração da vida.
“Centenas de gestos, de ideias, de horas dedicadas”
Por ocasião desta festa final, o coordenador da Comissão Organizadora Local, Carlos Coelho, destacou que fazer parte do projeto ‘Um Dia Pela Vida’ “foi, sem dúvida, uma das experiências mais enriquecedoras” da sua vida. Sublinhou os “oito meses de entrega – meses intensos, desafiantes, mas, acima de tudo, profundamente humanos”, nos quais floresceu “um verdadeiro espírito de comunidade que se fortaleceu a cada passo dado, a cada evento organizado, a cada abraço partilhado”. Aos voluntários que integraram as equipas e dinamizaram mais de 20 eventos, que “deram corpo, alma e coração a esta causa”, Carlos Coelho dirigiu um agradecimento sentido.
O responsável referiu ainda que “esta iniciativa não foi apenas um conjunto de atividades ou eventos”, mas sim “um processo de crescimento interior”, onde foi falado “sobre o que muitas vezes se cala”, escutando histórias e celebrando vitórias. Enalteceu a resposta da comunidade e a capacidade coletiva de “levar até às pessoas uma mensagem de esperança”, lembrando: “mais do que angariar fundos – o que também foi muito importante – conseguimos criar uma onda de solidariedade e sensibilização que nos eleva enquanto comunidade”. “Enquanto caminharmos lado a lado, haverá sempre esperança”, rematou Carlos Coelho.