Célia Pessegueiro, presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, lançou, esta tarde, um repto, no âmbito do Simplex Urbanístico, à Ordem dos Engenheiros da Madeira para que os técnicos, particularmente os engenheiros, acompanhem os projetos que assinam.
Para a autarca, que falava no Dia Regional do Engenheiro, no Centro Cultural John dos Passos, considera que seria uma “mais-valia” para toda a gente, mormente no que respeita a garantir a boa execução daquilo que foi planeado e assegurar que quem “executa a obra está devidamente orientado e que o cliente tem um produto final bom e de qualidade”, defendeu.
Na sua alocução, a edil lançou outro desafio à OE para que sugiram intervenções públicas. “No meio de tanta cabeça pensante, estamos recetivos para um olhar para o território de uma perspetiva diferente de muitos de nós eleitos (...) façam-nos chegar as vossas sugestões”, incitou.
No púlpito, a presidente denotou que os 300 estacionamentos disponíveis na vila começam a ser “escassos”, resultado da eleva procura pelo concelho, pelo que reconhece que é preciso começar a pensar em alternativas. Isto, vincou, sem descaracterizar a paisagem.
“Posso dizer que é um cuidado que esta vereação tem, respeitando aquilo que foi todo o trabalho que os antepassados tiveram, ter muita atenção às intervenções que fazemos na vila para não a descaracterizar. E, portanto, qualquer solução que se encontre na vila da Ponta do Sol, como no restante concelho, implica sempre arranjar solução, sem arranjar problema. Porque, para nós, a descaracterização é um problema”, sublinhou.
“Interessa-nos ter o novo, mas nunca esquecer aquilo que existia que é belíssimo e que é engenharia de outros tempos”, disse, dando o exemplo do cais da Ponta do Sol: “Não há temporal que venha que deite aquela obra abaixo”.