A CDU focou a iniciativa de pré-campanha eleitoral de hoje sobre “o muito que está por fazer nas áreas florestais atingidas pelos incêndios”.
Edgar Silva, citado num comunicado da coligação, afirma que a Região Autónoma da Madeira se deixou atrasar na reparação dos danos provocados pelos incêndios do Verão de 2024.
“Depois dos grandes incêndios de agosto de 2024, os governantes não assumiram a defesa da floresta. Os governantes não definiram prioridade às medidas de prevenção e recuperação das áreas prioritárias para a conservação da natureza”, sublinha.
Depois de uma visita às áreas florestais ardidas no Porto Moniz e na Calheta, a candidatura comunista conclui que “está tudo por fazer”.
“Estivemos na Ponta de Sol e Ribeira Brava e as áreas ardidas continuam abandonadas. Em Câmara de Lobos e no Funchal é vergonhosa a situação dos lugares de incêndios”, acrescenta.
Vasco Paiva, engenheiro florestal, aponta para a necessidade de se atender ao facto de “que houve uma destruição de muitos dos ecossistemas florestais”.
“É necessário fazer um plano de recuperação das áreas ardidas, calendarizado, defenindo aí as espécies da arborização, onde e quando”, diz o especialista acrescentando que tais projetos “deveriam ter divulgação pública”.
Edgar Silva defende que a Região precisa de um “exigente planeamento da recuperação de espaços percorridos por grandes incêndios florestais. Deveria já estar finalizada a elaboração de planos especiais de recuperação florestal de áreas ardidas. A ilha da Madeira não pode deixar de ter estratégias de reflorestação para a recuperação da área florestal ardida”.