O edifício da Câmara Municipal do Funchal iluminou-se há instantes com as cores da bandeira da Ucrânia.
Curiosamente, as mesmas cores da Região Autónoma da Madeira e da própria União Europeia.
Neste momento de incertezas, em que o Mundo está de olhos postos na Ucrânia, depois da invasão russa levada a cabo na madrugada da passada quarta-feira, a Madeira mostra assim a sua solidariedade para com o povo ucraniano, através da iluminação de um dos edifícios mais emblemáticos da nossa terra.
Com esta ação, a Câmara Municipal do Funchal "associa-se à iniciativa que decorre um pouco por todo mundo, em que monumentos e edifícios públicos iluminam-se durante a noite num ato simbólico contra a guerra e em defesa da paz", é referido na mesma nota.
Na informação divulgada, o presidente da mais importante autarquia da Região Autónoma da Madeira manifesta "total disponibilidade para ajudar todos os ucranianos que residem no concelho".
No documento é também apontado que o presidente da autarquia, o social-democrata Pedro Calado, reuniu-se com o cônsul honorário da Ucrânia em Portugal, a quem transmitiu que "a CMF está de portas abertas para apoiar os ucranianos que vivem no Funchal, apoiar naquilo que entenderem ser necessário para minimizar o momento difícil".
O autarca questionou o diplomata sobre a possibilidade de o município interceder no sentido de facultar algum meio logístico para que as pessoas que se encontram na região possam ter contacto com os seus familiares na Ucrânia.
"Queríamos, por vosso intermédio, tentar perceber se é possível de alguma forma existirem meios e se é possível materializar da nossa parte alguma ajuda eficaz e rápida para minimizar a dor que estão a sentir neste momento difícil", disse Pedro Calado, citado na nota.
Ucranianos residentes na Madeira reuniram-se hoje no Funchal, entoaram o hino do seu país e mostraram cartazes no qual estava escrito "grande criminoso Putin", "parem o massacre" e "Agora a Ucrânia, quem será o próximo?", entre outras frases.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou hoje que a Madeira tem uma comunidade composta por "328 residentes permanentes ucranianos e 413 cidadãos russos".
"Pessoas completamente integradas na nossa sociedade, são sempre bem-vindos", acrescentou.