O presidente da Câmara Municipal do Funchal adiantou aos jornalistas que a autarquia vai apurar responsabilidades financeiras, jurídicas e contratuais relativamente a processos realizados na anterior vereação que diferem atualmente da realidade tornada pública pela equipa camarária antecessora.
Pedro Calado falava após a apresentação, por parte da vice-presidente Cristina Pedra, do Orçamento da Câmara para o próximo ano. Divulgando que a autarquia atual já iniciou esse levantamento e que será para concluir "dentro de muito pouco tempo", o autarca sublinhou que o objetivo é fazer "o apuramento correto de todas as responsabilidades que a Câmara Municipal do Funchal tem nas suas contas. Aquilo que foi apresentado anteriormente, nas anteriores vereações, foi uma realidade, aquilo que nós estamos a encontrar agora nas contas e nos processos financeiros que estão a decorrer, a realidade é um pouco diferente". A seu ver, "é urgente fazer esse apuramento" de responsabilidades que "não estavam previstas nas contas finais do município quando tomamos posse, mas que vamos ter de ter em conta nos processos e dinâmica do orçamento em 2022".
Até porque, reconheceu Pedro Calado, "não há uma varinha mágica para concretizar tudo o que nós queremos", mas há a possibilidade de aumentar os apoios sociais e investimento, bem como reduzir a carga fiscal, através da renegociação e diminuição de encargos e juros de mora que recaem sobre o município. "Nós podemos fazer essa redução eliminando o passivo, chegando a acordo quer com entidades regionais e outras entidades, mas poupando muito dinheiro em juros de mora e encargos".
Paula Abreu