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BE pede que Marcelo não trate madeirenses como portugueses de segunda e convoque eleições

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
24 Março 2024
12:51

A Comissão Política do Bloco de Esquerda esteve reunida esta manhã para analisar a situação política na Madeira. Em declarações aos jornalistas, a coordenadora do BE defendeu a necessidade de haver eleições regionais antecipadas, esperando que o Presidente da República, que “tem a partir de hoje nas suas mãos a resolução desta crise política”, dissolva o parlamento madeirense e convoque eleições.

“Em democracia, as crises políticas resolvem-se com o voto e em voltar a dar a voz ao povo”, afirmou Dina Letra, esperando que Marcelo Rebelo de Sousa “não trate os madeirenses e porto-santenses como portugueses de segunda” e convoque eleições tal como assim o decidiu após a demissão de António Costa. Disse notar que o PSD está a tentar condicionar o Presidente da República para a não convocação de eleições”, por causa dos resultados das eleições legislativas. Para além disso, havendo eleições na Região, “o PSD não terá qualquer pejo em se coligar com a extrema-direita”.

Dina Letra entende que a crise política na Madeira “é também uma crise do regime, criado há décadas pelo PSD/Madeira e que se tem perpetuado nos últimos anos com o apoio no governo e no parlamento do CDS e do PAN”. Ou seja, “este regime, que está podre e caduco, perpetuou-se no Governo na Região porque tem o apoio de outros partidos”.

Nas críticas ao PSD, Dina Letra entende que é um partido que “colocou os interesses do povo da Madeira longe dos atos da governação e que governa para favorecer o partido, os amigos da cúpula do PSD e uma elite”. Isto também para acrescentar que, numa análise atenta ao processo eleitoral interno do PSD, está “a haver perseguição política aos elementos que fizeram parte da lista adversária”.

Sobre Miguel Albuquerque, o BE disse que “esta é a primeira vez na história da Democracia portuguesa, que um partido elege para o liderar alguém que é arguido por suspeitas de corrupção, de prevaricação, abuso de poder e atentado contra o Estado de direito, acusações muito graves para alguém que está a ocupar um cargo público, e que, porventura, se está a escudar nessa situação para não responder perante a justiça”.

Em termos políticos, “é de lamentar que Miguel Albuquerque ter considerado ter condições políticas para se manter no cargo da responsabilidade que o presidente do Governo Regional e de líder partidário”, disse ainda.

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