O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, revelou esta terça-feira, à margem da inauguração da escultura de Ricardo Velosa no Campo de Golfe do Santo da Serra, que a estratégia passa por aumentar a oferta referente à modalidade no arquipélago, com a criação de um quinto campo na ilha da Madeira.
Atualmente, a Região conta com três infraestruturas: o Campo de Golfe do Santo da Serra, o Palheiro Golf e o Campo de Golfe do Porto Santo. O governante lembrou que o Campo de Golfe da Ponta do Pargo estará concluído em 2026 e adiantou que, até ao final deste ano, será lançado o concurso para a exploração e a componente hoteleira e imobiliária associada ao projeto.
Questionado acerca da possibilidade de a ilha da Madeira ter capacidade para um quarto campo de golfe, o chefe do Executivo afirmou, sem querer adiantar mais detalhes, que isso poderá estar nos planos. “A ideia é termos um quarto campo de golfe na ilha da Madeira e um no Porto Santo”, afirmou Albuquerque.
A inauguração da escultura criada pelo escultor Ricardo Velosa, realizada ontem, assinala as recentes distinções conquistadas pelo clube nos World Golf Awards 2024.
O Clube de Golfe do Santo da Serra foi distinguido com o prémio de World’s Best Par 3 Hole (Melhor Buraco Par 3 do Mundo) e com o título de Europe’s Best Eco-Friendly Golf Facility (Melhor Instalação de Golfe Eco-Friendly da Europa), galardões atribuídos em novembro do ano passado, numa cerimónia realizada na Madeira.
Na ocasião, Ricardo Velosa explicou aos jornalistas a simplicidade da ideia que deu origem à peça agora inaugurada foi pegar num elemento do golfe, ampliá-lo e colocá-lo como marco. “Escolhi o tee, que é o objeto mais simples do desporto, e dei-lhe uma cor bastante marcante. Apesar de não ser praticante, ao longo dos anos fui fazendo vários trabalhos para o golfe, desde troféus a medalhas, e até o emblema do Clube do Golfe do Santo da Serra.”
O escultor sublinhou ainda que esta ligação já vem de longe. “Sou sócio honorário do clube, mesmo sem jogar. Já fiz muitos trabalhos para esta casa, inclusive troféus que ainda hoje são utilizados. Foi natural aceitar este desafio”, acrescentou.
Apesar da satisfação com a obra agora inaugurada, o escultor deixou um alerta sobre o estado atual da escultura pública na Região, lamentando que existam cada vez menos encomendas aos artistas regionais. “Houve uma altura de grande euforia, em que se fez muita coisa na Madeira e no país. Depois da pandemia, tudo acalmou. Hoje quase não há encomendas, o que é pena. Não falo por mim, que já fiz o que tinha a fazer, mas porque há gente nova que precisa de oportunidades para trabalhar”, disse, à margem da cerimónia.