A candidatura do ADN à Câmara Municipal do Funchal insiste que a área da saúde mental necessita de mais apoios.
Neste sentido, evidencia que “viver com uma condição neurodivergente como a PHDA (Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção) e Autismo em Portugal exige respostas imediatas”, até porque “é carregar um peso que vai muito além das dificuldades emocionais, sociais e físicas que já comprometem diariamente a qualidade de vida dos portadores destas condições neurológicas”.
Recordando que em medicação, suplementos, alimentação específico e consultas de psicologia, “um cidadão pode gastar em média 260 euros por mês, cerca de 3.156 euros ao ano”.
“A crise de capacidade nas unidades de saúde mental deixa milhares, sem vaga e sem alternativa. Quando falamos de crianças, o cenário é ainda mais exigente. Além da medicação e suplementos, muitas requerem terapias comportamentais regulares, terapia da fala, terapia ocupacional, psicomotricidade e acompanhamento especializado em contexto escolar. Estes cuidados são essenciais para garantir desenvolvimento, autonomia e inclusão, mas sempre ficam a cargo das famílias, que continuam sem apoio efetivo do Estado”, sublinha a candidatura.
Assim sendo, o ADN questiona: “Onde está o apoio? Onde estão as políticas públicas que reconhecem estas dificuldades não só clínicas, mas também económicas e sociais? Porque não está previsto este apoio no Orçamento do Município do Funchal?”.
Diagnosticar não é, de acordo com o partido, o suficiente. “É preciso garantir tratamento acessível, terapias comparticipadas, alimentação adaptada, apoio às famílias e inclusão real. Ignorar esta realidade é perpetuar um sistema que discrimina silenciosamente os mais vulneráveis”, sublinha a candidatura liderada por Carolina Silva.