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Artigo de Opinião

19/05/2023 08:00

Umas vezes predominando o Teatro, outras a Música, evoluiu no sentido de a melodia cantada e a virtuosidade vocal ocuparem o primeiro plano, nomeadamente nas óperas italianas.

A partir do século XVIII apresenta evoluções diferentes, conforme as várias Escolas desde os países germânicos à França e restante Europa.

É "opera buffa" quando a sátira ou a comédia afastam-se de um tratamento sério do respectivo tema. Aliás com montagens mais simples, mais alegres, hilariantes, folionas e vistosas.

António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa. Aquele, adversário declarado de reformas estruturais, logo adversário da imprescindível Reforma do Estado português. O segundo também, nomeadamente quanto à descentralização política, quer no Continente, quer nas Regiões Autónomas.

O que, até pela prática verificada, significa, juntos, ao longo dos seus mandatos, desenvolverem um verdadeiro situacionismo do Sistema Político de 1976. O que contribuiu para a degradação do Regime Democrático português, colocando-nos, cada vez mais, na cauda da Europa.

Neste plano juntos, não se pode tirar de um para pôr no outro. Quer quanto ao que de bom, quer quanto ao que de muito mais pior veio sucedendo aos Portugueses nos últimos anos.

Por outro lado, os poderes não visíveis que hoje dominam o mundo, os países e os partidos políticos, e que são possuidores de importantes meios de comunicação social - o "povo unido" a julgar que isto é tudo "obra" dos partidos!... - tais sociedades secretas parecem entender que Portugal, no contexto global que controlam, deve continuar a ser ISTO.

Logo, não reformar o Sistema Político que já em 1976 se apresentava caquético, como Sá Carneiro bem o denunciou.

Mas Sá Carneiro morreu em circunstâncias inexplicadas...

E, até hoje, os que denunciamos o Sistema Político português e contra este lutamos, somos enxovalhados na praça pública. Todos o viram ao longo dos anos.

Por conhecidos "comentadores".

E é para nem falar do resto que nos montaram...

O Sistema Político vem-se degradando de ano para ano. Estão em silêncio - por sinal bem ruidoso à consciência dos Portugueses - as grandes Instituições que fizeram Portugal, a Igreja, as Forças Armadas e as Universidades.

A formação da Opinião Pública vem sendo ganha pelas forças do Relativismo, das "causas fracturantes", do dito "pós-modernismo", impondo uma Novilíngua pseudo-"esquerda", um "politicamente correcto" intimidativo e idiota. Pondo em prática o temor de um inventado "inimigo principal".

Tentaram isto com a Região Autónoma da Madeira, mas falharam, os coitados.

Então criou-se o "chega", assim mais uma peça clara do situacionismo deste Sistema político.

Alimentado pelos instrumentos de Propaganda do Sistema, vem servindo a Costa/Marcelo para, com este "tigre de papel", esgrimir a "democracia em perigo"(?!...) e, sobretudo, enfraquecer os Partidos não-socialistas.

Mais. Fazendo do "chega" um pseudo-adversário do Sistema Político, conseguir tapar qualquer iniciativa genuína e democrática que apareça anti-Sistema, por exemplo um Partido Republicano Regionalista.

E reparem a marosca. É do próprio "chega" que vem a iniciativa de "revisão" constitucional, permitindo assim aos partidos do Sistema concretizar uma mini-revisão (fraude), sem alterá-Lo. Ignorando a Regionalização de Portugal Continental, humilhando as Regiões Autónomas e adiando a Reforma do Estado mais de cinco anos.

Mas como a governação se degradou por responsabilidade mútua de Marcelo e de Costa, na partitura lá veio um "acto" para embasbacar o "povo unido" das novelas.

"Povo unido" que nem sabe o peso primeiro e decisivo que a Constituição tem no futuro de cada Português.

"Povo unido" que nem sabe estar a decorrer uma "revisão" constitucional, o que é, para que serve e quais as consequências.

Muito menos percebe a fraude que com ela se monta.

Neste "acto" da peça, entram acusações de mentirosos, de roubos de computador, de sequestro, de potenciais ilegalidades de Serviços e Agentes do Estado, de bicicletas atiradas contra portas de vidro, de senhoras trancadas na retrete, etc., etc.

Um ouve o outro, duas horas. Depois deste outro ter ouvido o esconjurado. Que pede a demissão minutos antes do referido outro dizer que não lha dá. Outro que ainda está falando ao "povo unido", quando o primeiro comunica, também ao "povo unido", que não concorda com o que, entretanto, o mencionado outro vai dizendo... (?)...

Conformado, mas sempre contente, o "povo unido" esquece-se logo das barbaridades anti-Pátria e bebe esta nova composição lírica.

No final, o primeiro diz que a culpa do estado a que isto chegou, é do outro. Este outro não liga pívia ao primeiro.

Vai lá, o primeiro também não liga ao outro.

A "plebe democrática"aplaude de pé.

Agora, a sério!... Como acabar pacificamente com este "finis patriae"?...

Está tudo no meu livro "diz... NÃO!" (2018), edição "casa das letras" (LEYA). O romance culmina no final deste mandato presidencial.

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