Em primeiro lugar, o formato dos "debates eleitorais".
O tempo dado a cada interveniente foi uma fraude. Para que não houvesse espaço bastante de cada um abordar, aprofundada e dissecadamente, os grandes problemas da sociedade portuguesa e, sobretudo, o futuro possivelmente negro que nos aguarda (é um optimista que escreve...).
Como vamos "tratar" o aumento da Dívida Pública nacional, mais a mais com a quase certa subida das taxas de juro?...
Que medidas terão de ser tomadas para conter a esperada inflação, sem ao mesmo tempo impedir o atrasado ajustamento dos salários nomeadamente à Classe Média?...
Que planeamento na concretização da "bazuca" europeia, quer em termos de cumprir, quer em termos de satisfazer as contrapartidas que a UE exige?...
Quais as Reformas de fundo que Portugal tem de fazer, quando, como, algumas destas exigidas pela União Europeia e outras claramente imperativas e inadiáveis?...
E quanto às garantias e às monitorizações individuais, indispensáveis para uma Segurança Social e para um Estado Social estáveis e eficientes no tempo?...
O Leitor, com os "debates", concluiu alguma coisa sobre estas que são as prioridades de Portugal?...
Ou não se vê, às claras, que este Sistema Político da Constituição de 1976 já deu o que tinha a dar, pelo que, em defesa do Regime Democrático, há que mexê-lo?...
E reparem. Aos tais "debates" que só permitiam tiques-taques vazios entre os participantes, sob a ditadura do relógio e de uns "moderadores" não poucas vezes infelizes, aos tais "debates" as televisões deste Sistema Político socialista a seguir atiravam-lhes com "comentadores"... que tinham mais tempo para debitar, do que os próprios Líderes partidários! E que, na sua maior parte... eram tidos por conectivos ao Socialismo!
Percebem?...
Como também entendem o porquê de, enquanto eu estive na Política activa, nunca me deixar apanhar em fraudes mediáticas deste género!
Até a montagem cénica destas eleições, imoralmente enxertadas numa terrível crise dupla do País: crise sanitária e crise económica!...
O que aconteceu é demais objectivo para que nos tentem fazer embarcar em "explicações".
Surpreendentemente, primeiro é o Presidente da República que anuncia dissolver o Parlamento, se o Orçamento de Estado não passar.
Costa, apoiante de Marcelo nas últimas eleições presidenciais (também eu, não havia outro...), sempre recusou entendimento com os sociais-democratas, apesar destes, patrioticamente dada a situação em Portugal, lhe terem apoiado à volta de sessenta por cento das iniciativas legislativas. Mais do que os "aliados" do fascismo comunista.
Mas com a perspectiva de dissolução da Assembleia da República, Costa logo tudo passou a fazer para também não ser mais possível acordos com os comunistas do PCP e do "bloco", após estes anos de colaboracionismo irresponsável e danoso.
A dissolução parlamentar abria a Costa o caminho para tentar uma ambicionada maioria absoluta.
Seguiu-se a teatralização, ainda que mais ou menos camuflada com a covid, com as cenas na Marinha, só não percebidas por quem anjola, com um Ministro no olho da rua em atraso propositado, tudo culminando naquelas peregrinações a Belém e à rua de São Bento para "audição dos Partidos", como se todos já não soubessem as posições de cada um dos Actores!...
E, pronto!
Mesmo com esta dupla crise sanitária e económica, lá vamos outra vez - já perdi a conta - "brincar às eleições". Assim decidiu Marcelo. Assim gosta Costa. Assim encarneira o Sistema Político.
Entretanto, o fascismo de extrema-Direita aproveitou para, nos tais "debates", também montar o seu próprio teatro. Um barafustar sem conteúdo sério, exacto e completo, num ruído que impedia alguém de falar com substância (havia de ser comigo...), inclusive alguém falar do perigo que o "chega"... para lá... constitui para a Democracia e, em especial, para as Autonomia insulares, descentralização política de que não fala, porque não gosta.
Claro que Costa e as televisões socialistas esfregam as mãos de contentes pelo que o "chega"... para lá... possa ter desgastado no PSD e no CDS.
Vêem como tudo foi e está montado?... E, ainda cuidado como "eles" vão organizar as eleições, pretextando o COVID...
Porém, atenção!
Seríamos mais enganados, se caíssemos na asneirada de não ir votar!
É isso mesmo que, em Lisboa, se pretende com todo este desprestigiar e defraudar do Sistema Político.
Vamos então mesmo votar, para azar "deles"!
A maioria do Povo Soberano é FIRME! Tem PRINCÍPIOS! Tem INTELIGÊNCIA para não se deixar enrolar por estas tramóias!
É indispensável DAR-LHES A RESPOSTA!