MADEIRA Meteorologia

Médio Oriente: Universidade de Columbia pede a estudantes que abandonem protesto

Data de publicação
29 Abril 2024
17:33

A presidente da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, pediu hoje aos estudantes que levantem voluntariamente o seu acampamento nas instalações e abandonem o protesto contra a invasão israelita na Faixa de Gaza.

Depois de mais de uma semana de manifestações nos Estados Unidos, a Casa Branca também já tinha apelado no domingo ao movimento de estudantes para que realizassem os protestos de forma pacífica, após centenas de pessoas, entre alunos e ativistas, terem sido levados para interrogatório policial e em alguns casos ficado detidos.

“Pedimos aos que estão no campo que se dispersem voluntariamente. Estamos a estudar alternativas internamente para acabar com esta crise o mais rapidamente possível”, escreveu a presidente da Universidade de Columbia, Minouche Shafik, num longo comunicado de imprensa.

A dirigente universitária lamentou que as negociações com um grupo de estudantes desde quarta-feira não tenham resultado num acordo para desmantelar uma “aldeia” de tendas de cerca de 200 pessoas num relvado do arborizado ‘campus’, a norte de Manhattan.

A presidência da instituição universitária indicou no fim de semana que abdicou de recorrer à polícia de Nova Iorque para evacuar o campo e prender estudantes ou ativistas, como aconteceu noutras universidades do país.

Esta nova onda de protestos nas universidades norte-americanas contra a guerra travada na Faixa de Gaza entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas acontece a seis meses das eleições presidenciais nos Estados Unidos, entre alegações de antissemitismo e antissionismo e o direito constitucional à liberdade de expressão.

“Muitos dos nossos estudantes judeus, e outros, sentiram uma atmosfera intolerável nas últimas semanas. Muitos deixaram o ‘campus’ e isso é uma tragédia”, disse Minouche Shafik.

Os presidentes da Universidade de Harvard e da UPenn renunciaram no último inverno, após declarações consideradas ambíguas perante o Congresso em Washington sobre a luta contra o antissemitismo.

Os Estados Unidos, e acima de tudo a metrópole de Nova Iorque, têm o maior número de judeus americanos no mundo depois de Israel, e milhões de árabes-muçulmanos americanos.

As manifestações estão também a acontecer em França, onde hoje a polícia interveio na Universidade Sorbonne, em Paris, para expulsar ativistas mobilizados pela causa palestiniana que montaram tendas dentro do recinto universitário.

Segundo a agência France Presse (AFP), cerca de 50 manifestantes foram levados para fora do edifício e depois removidos em grupos, supervisionados pela polícia, poucos dias depois de uma mobilização marcada por tensões noutra universidade de renome da capital francesa, a Sciences Po Paris.

Os protestos têm como pano de fundo a invasão do Exército israelita na Faixa de Gaza, onde nos últimos seis meses mais de 34 mil pessoas morreram, na maioria civis, mergulhando o território numa grave crise humanitária.

A ofensiva israelita é uma retaliação pelo ataque do movimento islamita palestiniano Hamas, que em 07 de outubro matou mais de 1.100 pessoas e fez cerca de 250 reféns.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Concorda com a entrega do Prémio Nobel da Paz a Maria Corina Machado?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas