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Artigo de Opinião

2/05/2021 07:00

A tónica dos discursos foi, para além da sapientíssima aula de história dada pelo Presidente da República, colocada na corrupção e no descrédito da classe política devido à mesma. Não acho que seja a corrupção, sendo o mais grave, o único fator que descredibiliza a classe política, os narcisismos das agendas de alguns partidos políticos também o fazem.

Na Educação, enquanto o governo regional e as escolas se preocupam em garantir a segurança dos alunos e dos seus profissionais, sem descurar a garantia de que as aprendizagens são realizadas e a prestação dos apoios sociais possíveis. Os partidos da oposição sem possibilidade de criar obstáculos ao combate da epidemia, olham para os seus umbigos e das suas clientelas, para criarem ruído a propósito de modelos e medidas falhadas noutros territórios. Tentando assim desestabilizar o sistema educativo que se precisa nos tempos que correm, sereno e sólido.

Do lado do Partido Socialista temos a insistência na criação de pactos educativos que nada mais são que a municipalização das escolas, modelo que tem causado enormes constrangimentos nas escolas do continente, criando assim mais dispersão de fundos, que não chegam às escolas. Se tomarmos como exemplo os poderes atribuídos às autarquias regionais no que respeita aos edifícios do 1.º Ciclo, teremos exemplos concretos desta gestão ineficaz, vejamos o caso da cobertura do polidesportivo da EB1/PE do Caniço, construído pelo governo regional, apesar de ter sido inscrito durante três anos consecutivos no orçamento da autarquia. Temos ainda juntas de freguesia no Funchal que adquirem equipamento tecnológico e não acautelam a capacitação dos docentes para o seu uso efetivo.

Do lado do partido Juntos pelo Povo temos a insistência na limitação de mandatos dos diretores das escolas, apesar de não terem moral para proporem tal limitação, pois aquando do primeiro mandato na assembleia regional prometeram a rotatividade de deputados, continuamos a ver neste segundo mandato as mesmas caras, acumulando com mandatos autárquicos. Apesar de concordar que o decreto legislativo regional n.º 21/2006/M de 21 de junho possa e deva ser melhorado. Fico com a noção de que JPP quer apenas destruir lideranças dinâmicas e sólidas para abrir caminho a muitos dos seus dirigentes que jactam pelos corredores das escolas sedentos de poder, fazendo-se valer de todo o tipo de algaraviadas para minar o trabalho de quem o faz bem.

Libertem-se desse espelho onde insistem em mirar-se, pois o encanto inicial já se esfumou há muito tempo e o povo já está farto de muita conversa e poucos resultados, alcatroar umas ruas e distribuir baldes plásticos é pouco, muito pouco.

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