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Artigo de Opinião

Diretor

11/10/2025 08:05

O mundo foi ontem surpreendido com a escolha do Comité Norueguês que atribuiu o Nobel da Paz 2025 a Maria Corina Machado.

E o vasto mundo português aplaudiu a escolha com entusiasmo. Do Presidente aos cidadãos anónimos; dos governantes aos emigrantes.

Não é para menos. Trata-se de um importante galardão entregue a uma mulher cuja causa é familiar em Portugal, particularmente na Madeira, onde residem milhares de migrantes e cidadãos naturais que conhecem bem a realidade daquele país.

O nome da vencedora do Nobel da Paz deste ano tem pronúncia facilitada em português, mas a razão do nosso contentamento reside sobretudo no sentido de justiça. Foi feita justiça a uma mulher que luta há mais de 20 anos por direitos básicos na Venezuela.

Maria Corina Machado vê assim reconhecido o seu papel na caminhada por um país com liberdade e igualdade. Mas o prémio, apesar do estatuto, não é garantia de sucesso da causa, nem confere à vencedora o direito de sair da clandestinidade. Essa é outra guerra que compete essencialmente aos venezuelanos.

O que este Prémio diz ao mundo é que vale a pena lutar de forma pacífica por justiça social e liberdade. O Nobel da Paz 2025 representa um claro incentivo à luta pela democracia em qualquer latitude. E essa indicação, esse encorajamento, vale mais do que o dinheiro e as honrarias da distinção.

Por cá, também estamos em tempo de escolhas.

Depois de meses de campanha eleitoral mais ou menos pronunciada, assistimos, nas últimas semanas, aos habituais desfiles de promessas. Prometeram casas a rodos e a quase todos. Garantiram políticas sociais. Desenharam novas acessibilidades. Juraram pelas causas animais. Falaram de educação, de saúde, de impostos, de apoios, de natalidade... falaram de tudo.

Esse falatório terminou ontem em arruadas e comícios pintados com as cores de cada candidatura.

Hoje, diz a lei, é dia de reflexão.

Amanhã será dia de eleição, aquele momento em que todos devem participar com o seu voto. Seguem-se poucas semanas para organização de novo ciclo autárquico, com novos protagonistas.

Lá para o início de novembro, começa um tempo novo na maioria das autarquias. Acabou o tempo das promessas e chega o período de quatro anos para resolver problemas e executar o programa prometido.

O Poder Local é o primeiro nível de poder público. É o mais próximo dos cidadãos. É o que conhece os eleitores como nenhum outro. É o que primeiro enfrenta as reclamações de munícipes.

Mesmo assim, durante anos, o Poder Local nem sempre foi devidamente respeitado por outras instituições ou mesmo pelos cidadãos. Mas assiste-se, agora, a uma valorização das autarquias e dos autarcas.

E o Poder Local deixou de ser o parente pobre. Porque soube impor-se e valorizar o seu espaço de intervenção política a diferentes níveis. Da cultura ao urbanismo, da educação à economia, do ambiente às infraestruturas, da habitação ao comércio, tudo passa pelos autarcas, de forma direta ou indireta.

Por tudo isso, hoje, parece unânime o reconhecimento do poder do Poder Local.

E por tudo isso é fundamental que, amanhã, cada cidadão eleitor faça a sua parte: votar.

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