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Artigo de Opinião

Advogado

3/08/2021 08:00

Essas populações vivem sem saneamento básico, sem acessibilidades.

Muitos têm idade sénior e mobilidade reduzida, nem de casa podem sair, outros problemas de saúde e nem uma maca dos serviços de saúde chega a sua casa.

Um truque deste ano eleitoral foi mandarem fiscais ao sítio a dizer que a estrada é para fazer este ano, quando nem inscrita no orçamento está, tais despesas.

Este é o São Martinho profundo e esquecido, parado no tempo, uma janela para assistir ao desenvolvimento de São Martinho.

Não entendo como no meio da cidade, não se resolve estes problemas, por uma questão de humanidade e serviço público.

Ainda temos descargas de águas residuais, na praia formosa, uma coisa incrível, e que denota bem a falta de tratamento de águas.

E a responsabilidade é de quem, parece-me que num primeiro momento é da Câmara Municipal, e num segundo do Governo.

Fala-se nas zonas altas, mas também em São Martinho existem habitantes próximos à levada dos Piornais, a viver nas mesmas condições.

É este São Martinho que se esconde em alturas de eleições, e que nem uma palavra pública merece, fala-se em justiça social, mas de maneira abstracta, num bom discurso de demagogia.

Os habitantes destes sítios já não acreditam em falsas promessas e estão a esmorecer na sua luta.

Os bairros sociais também estão esquecidos, e dão muitos votos, mesmo assim não têm condições de estacionamento, existem jardins abandonados, casas a degradar; quanto muito perdoa-se a renda, mas não se arranja nada, é viver ao deus-dará.

Existem problemas de segurança e de toxicodependência, que estão entranhados no seio da população, sem qualquer solução à vista.

E a responsabilidade é de quem, do PSD e do PS, que são os partidos que governam.

A coligação Confiança é uma farsa em que o único partido que integra verdadeiramente, é o Bloco de Esquerda, o resto são partidos para encher e sem expressão eleitoral nenhuma, a não ser o garante de tachos aos seus líderes. A meu ver é tout court, uma candidatura do partido socialista, onde a independência é um engodo para o voto.

Quanto ao Funchal Sempre À frente, é muito mais o PSD à rasca do que outra coisa qualquer.

Isto é apenas a minha interpretação, não sou dono da verdade, e muito menos juiz em causa própria.

A responsabilidade é de quem, de quem nos governa e da propaganda que esconde os problemas.

Na Madeira existem muitos problemas escondidos e São Martinho é apenas mais um exemplo.

Oxalá que resolvam os problemas destas pessoas, que bem merecem e têm problemas primários que necessitam intervenção urgente.

À população do Relojoeiro, Castanheiro e Zona do Padre Caldeira, uma palavra de ânimo, e que não desistam da luta para construção de estradas, e saneamento básico, porque é preciso exigir, é algo a que têm de direito, é tempo de deixar de haver habitantes em São Martinho de segunda e outros de primeira.

Não vão em falsas cantigas, e exijam aquilo a que têm direito, pois que há 20 anos que estão esquecidos.

A esperança não pode morrer, e quem vive nos bairros sociais, também tem de exigir que os partidos cumpram com as promessas de justiça social e tragam mais condições para as pessoas aí residentes.

De justiça social, vejo zero apoios, a não ser o velho engodo do voto, ou os cabazes da propaganda.

Acabe-se já com estas disfuncionalidades, facilmente solucionáveis, haja investimento público e boa vontade.

Ainda para a falta de legalização de casas no Funchal, que se crie um gabinete, em que os projectos de arquictetura, são suportados pela Câmara e não pelo bolso do privado, porque nem toda a gente tem 3 ou 4 mil euros para legalizar uma casa.

Cria-se a lei e não se faculta os meios para a legalização de casas de génese ilegal.

A política tem-se tratado de um jogo para dar nas vistas à procura de um voto, mais que bons oradores são necessários, bons executantes, que contribuam para atenuar as desigualdades.

Falei sobre São Martinho, mas os problemas são transversais a todo o Funchal, para não dizer a Madeira.

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