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Artigo de Opinião

Vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz

5/07/2023 08:00

Em primeiro lugar, relevo o trabalho das associações culturais, bandas filarmónicas, grupos de folclore e músicos que passaram pelo palco do SantaFaz. Relevo o trabalho, e também agradeço, aos técnicos, aos trabalhadores da autarquia e a todos os que foram incansáveis nos quatro dias de festividades.

Em segundo lugar, dizer que finalmente o SantaFaz começa a cumprir a sua missão de ser um evento que tem por objetivo mostrar o muito que se faz neste concelho, e a qualidade que têm os nossos artistas. Tudo isto com a particularidade de, tendo em conta a grande afluência de público, este ser um evento que definitivamente está a conquistar um lugar de relevo no sistema de afetos e reconhecimento da população. Sentimos este ano que os santacruzenses já sentem como suas estas festas e têm orgulho no que se faz na sua terra. Esta circunstância pode parecer a muitos secundária, mas na verdade responde a um dos eixos do programa de desenvolvimento que traçámos para Santa Cruz e que passa pela afirmação da nossa marca e da nossa identidade.

É, por isso, de extrema importância sentirmos que o sucesso do SantaFaz deste ano se traduziu num sentimento de pertença exteriorizado no orgulho com que muitos falava "das nossas bandas", "dos nossos grupos de folclore".

A afirmação de um lugar não se faz por imposição exterior, mas sim por um imperativo de pertença que deve ser sentido por quem aqui vive, por uma valorização espontânea do que aqui se faz e pela afirmação daquilo que nos diferencia.

Tudo isto foi consolidado com estas festas, nas quais a modernidade se aliou à tradição e a tradição soube fazer pontes com a contemporaneidade e com as gerações mais novas.

Acredito, cada vez mais, que o sucesso de uma localidade passa pela valorização cultural e pela sua expressão enquanto motor de atratividade geradora de movimentos culturais e económicos.

Aos que, por vezes, nos acusam de falta de visão e de uma estratégia que seja capaz de alavancar a economia, está aqui a resposta prática do que deve ser a intervenção do poder local nesta matéria. Defender qualquer outra forma de atuação em termos económicos é pura falácia, verdadeira demagogia e um exercício pleno de má fé, porque é impensável a um magro orçamento municipal sequer sonhar com apoios diretos ao tecido empresarial. Essas são competências de outras esferas.

Ao poder local cabe precisamente fazer cumprir e valorizar o que de bom se faz, o que de diferenciador se pode afirmar, e o que de nosso pode servir para criar dinâmicas e uma afirmação do lugar e dos seus valores, tradições e história.

O SantaFaz é, neste sentido, cada vez mais um evento que não se limita a assinalar uma efeméride concelhia, mas sim a funcionar como o motor de afirmação de uma marca, de uma identidade e, com eles, a afirmação de todo um concelho que já tem lugar privilegiado no mapa de eventos regionais. Caso para dizer que SantaFaz cada vez melhor.

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