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Artigo de Opinião

AQUINTRODIA

10/12/2024 06:00

Há muito tempo que dou colaboração ao JM, inicialmente num pequeno apontamento de última página, a que dei o nome bem madeirense de «AQUNTRODIA».

Julgo ser uma corruptela de: aqui outro dia, há dias.Como os meus escritos se referiam a pequenos episódios do dia a dia, pensei ser nome adequado para a minha modesta colaboração.Depois de alguns anos de interrupção, quando o JM me desafiou para, de vez em quando, escrevinhar uma crónica ou opinião, recuperei o nome, que tem aquele sabor regionalista encantatório.

Hoje, pretendo passar por vários temas, sobre factos que vão ocorrendo, como se estivéssemos sentados à volta duma fogueira numa noite fria de inverno, e as conversas fossem desfiadas sem nexo, apenas para ocupar o tempo e partilhar experiências, emoções, vivências ou comentários.Então vamos lá, ou como costumo dizer em conversa de amigos: vamilhá!

OS ASES DO VOLANTEou assassinos de estrada?

Eu fazia o meu percurso habitual, da minha residência, para o parque que há muito adquiri na capital. Seguia na via rápida, não era hora de ponta, pouco trânsito, velocidade adequada.Porque na faixa direita circulavam camiões e viaturas lentas ou carregadas, eu seguia na esquerda, atento à estrada, quando, inesperadamente, pelo retrovisor, vejo bem coladinho à minha, uma viatura de porte médio e possante.Senti-me desconfortável. Avaliei a possibilidade de passar para a faixa direita, a dar passagem. Quando a oportunidade se abriu, mudei.

O bólide que me seguia, sempre coladinho, acompanhou-me.Tentei abstrair-me, pensando que seria manobra casual e descuidada.Passei de novo para a esquerda.

E não é que o meu seguidor continuava colado?O meu desconforto aumentou quando, repentinamente, vejo à direita, perigosamente próximo do meu, o veículo que resolvera «gozar» comigo, cheio de miúdos na gargalhada.Fechei os vidros para não perder a concentração.Resolveram colar-se de novo à retaguarda.

Agora, porém, a minha faixa estava livre. Simulei uma travagem rápida, talvez de forma temerária, senti-lhes os pneus a guinchar e arranquei forte, com a vantagem de conduzir uma viatura com boa capacidade de aceleração.Quando olhei pelo retrovisor, já outras viaturas se tinham interposto entre nós e eu segui aliviado.Fiquei a pensar: que gozo sentirão estes brincalhões do volante, que poderão ser causa de acidente grave, pela sua irresponsabilidade e provocação gratuita?

INSULARIDADE

Foi notícia o pagamento recente do subsídio de insularidade a todos os funcionários públicos. 662,00 € anuais. Fundamentos:«Os princípios da solidariedade e da continuidade territorial, consagrados na lei, vinculam o Estado a suportar os custos das desigualdades derivadas da insularidade distante. Na verdade, existem custos das desigualdades que a insularidade distante coloca a quem vive e trabalha nas regiões insulares portuguesas que justificam formas de compensação material que deverão ser da responsabilidade do Estado.....»-excerto duma Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, 11/2022/M.

O Decreto Legislativo Regional 4/90/M cria o subsídio de insularidade ao funcionalismo público, referindo que o sector privado contempla a situação nas suas tabelas salariais.Ora o que acontece actualmente é que o salário mínimo da função pública é superior ao sector privado, sem contar com as ajudas de custo e outras alcavalas.

Só pergunto, e tenho de fechar porque já me falta espaço:Porque não é aplicável a todos os madeirenses trabalhadores, reformados ou aposentados, que têm os mesmíssimos constrangimentos e desigualdades, o subsídio de insularidade?É de ficar a pensar.Eu fico. E pasmo!

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