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Artigo de Opinião

Médico-Dentista

20/08/2023 07:45

Vejamos. Há quem não tolere opinião contrária. Há quem não tolere sequer a opinião alheia. Há ainda quem aprecie a troca de opiniões. Depois, há quem não tenha opinião e se esconda. Não esteja para se chatear, pronto. Só que, há também quem, na ausência de opinião, se dedique ao insulto. E lá está… Gostar da opinião de terceiros ou não e/ou aceitá-la com maior ou menor azedume gástrico, não constitui crime. As pessoas são, portanto, livres de gostar ou não. Insultar quem não pensa como nós é que já pode ser motivo para responder em "local próprio"…

Geralmente ninguém o faz! Bem, ninguém como quem diz. A Câmara Municipal do Funchal, por exemplo, prometeu apresentar uma queixa crime contra o MPT. Porquê? Porque o seu deputado municipal fez "afirmações gratuitas, infundadas, falsas, levianas e criminosas". Cruzes credo. O que teria dito o Valter?! O homem nunca diz nada de jeito, ok… Mas daí até ser acusado disto tudo? Afinal era por causa de um apoio financeiro que a edilidade tinha dado a provas de ralis em Espanha e na Catalunha. Na verdade, tudo não passou de um mal-entendido. O "patrocínio", segundo o edil, "contribui para elevar o nome do município do Funchal". Aposto que se explicarem devagarinho, umas 3 vezes, o Valter vai entender… Já outros, não sei!

Porém se, como atrás escrevia, poucos procuram levar as coisas até às últimas consequências, a maior parte não está para se chatear. E eu entendo. Da maneira como a justiça é célere (e tendenciosa, apetecia-me acrescentar), muita gente opta por fazer uma cruz aos contestatários. Um funeral, digamos. Enviam flores no 7° dia e vida que segue. No entanto, há ainda um outro grupo… O daqueles que, não confiando na lei penal e não sabendo fazer o luto, insistem em fazer justiça pelas próprias mãos!

E isso foi o que, alegadamente, fez o ex-presidente do Marítimo. E escrevo alegadamente, não apenas para me salvaguardar, mas porque efetivamente não estava lá. E todos sabemos que, para quem não viu, haverá sempre 3 versões. A de um. A de outro. E, por fim, a verdadeira… E essa será a que o Ministério Público terá agora que procurar clarificar!

Consta que o "confronto" teve lugar em plenas escadas rolantes de um espaço comercial. Diz o "agredido" que levou um carrolaço sem contar… Ao virar-se para trás foi questionado se agora não falava ou escrevia como antes! Sim, porque era hábito opinar com regularidade sobre a vida do maior das ilhas quando este ainda era gerido pelo antigo presidente. Este, que agora devia estar a assistir de cadeirinha o bonito serviço que a nova direção (da qual faz parte o "ofendido") está a fazer, pelos vistos ainda dedica parte do seu tempo ao CSM. Na secção de pugilismo, mas dedica!

Ora, neste momento está o leitor (e eu também, confesso) a pensar que eu poderei muito bem ser o próximo. E posso! Não estou, aparentemente, livre. Acredito que, nesta terra em que a democracia é musculada, o que não falta é gente que me ganhou um "ódio de estimação". Uns evitam-me. Outros amuam. Alguns devem estar à espera de oportunidade para me acertar o passo… E, ao mesmo tempo que vivo bem com isso, infelizmente, haverá sempre quem ache que me "coloquei a jeito". Só que não. Opinar, sem ofender, jamais será motivo para ajustes de contas.

Por mim falo, mas uma coisa é certa. Pelo sim, pelo não, de hoje em diante, ou desço pelas escadas normais ou então vou de costas nas rolantes. Pela minha saúde! É que eu não gosto nada que me mexam do pescoço para cima. Nunca gostei. Não sei porquê… Acho que era por causa das peneiras que tinha com o cabelo que já não tenho! Sei lá.

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