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Artigo de Opinião

29/05/2021 08:01

O objetivo era permitir um intercâmbio entre membros do Comité das Regiões e do programa YEP - Young Elected Politicians com jovens políticos, estudantes e a sociedade civil das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

Um desafio importante e uma excelente oportunidade (que agradeço), enquanto jovem representante eleita na cidade do Funchal, para dar voz à nossa perspetiva de cidadãos europeus das regiões ultraperiféricas.

Momento para focar, uma vez mais, os desafios que a Madeira enfrenta devido à sua condição, mas também para elevar as suas potencialidades e a sua idiossincrasia. Não nos podemos esquecer que foram as características únicas da nossa terra, a Autonomia que conquistámos e a integração europeia que nos fizeram chegar até aqui.

Mas o futuro da nossa cidade, em concreto, e da nossa Região, no contexto europeu, passa pelo estabelecimento de uma ligação mais forte e mais coesa com a União Europeia, em que o nosso potencial seja desbloqueado, em que sejam criadas oportunidades concretas para nós, sempre, com a sensibilidade certa para salvaguardar as nossas especificidades.

Para isso, há que ter em conta que este trabalho apenas flui se for feito em conjunto com a abertura e o pragmatismo necessários, de quem sabe colocar mais Madeira na Europa e a cidade sempre à frente.

Por outro lado, pensar a Europa com membros de países tão distintos e com visões tão dispersas, que apenas enriquecem e contribuem para a nossa evolução, conduz-nos a uma viagem pelo panorama atual não só do velho continente, mas do mundo.

Se, ao longo da reunião, ouvimos, tantas vezes, que a Europa precisa de nós, que só nós podemos mudar a Europa, que temos de nos envolver, participar, acreditar, que pontapé de saída dar quando o mundo nos dá exemplos como os da Bielorrússia, de Ceuta, a própria pandemia que tantas mortes tem causado, ou até aqui mais perto, o exemplo de Odemira, que nos devia envergonhar a todos. Afinal, o que esperam de nós?

Talvez o pontapé de saída, não só para uma Europa mais coesa, mas para um mundo mais equilibrado, que acaba por responder, um pouco, ao que procurávamos perceber na reunião – what the next generation expects. A minha expectativa é que comecemos por ser mais humanos, termos mais empatia, procurarmos nos envolver com o outro.

É possível, para começar, que seja isso que a Europa espera de nós. Mais humanidade.

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