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Artigo de Opinião

Deste tem uma visão centralizadora, quer territorial, quer no trato com os Cidadãos. Entende que o Estado não deve consentir as autonomias políticas ou meramente administrativas, bem como os cidadãos estarão ao seu serviço, são seus instrumentos.

Tudo isto, depois, levado a um radicalismo totalitário nos casos do comunismo e da extrema-direita.

E, em consequência, hoje, a crise das Democracias, dado o escloresado envelhecimento destes Estados. Temos as situações de corrupção; temos a crescente mediocratização das "classes políticas"; temos a ameaça totalitária das extremas "direita" e "esquerda"; temos as políticas imediatistas e facilitistas em que os dinheiros públicos são usados mas para comprar votos; temos os grandes "interesses" capitalistas a dominar os Estados e os Partidos através das "sociedades secretas"; temos um igualitarismo anti-Natureza; temos o Conhecimento e a Cultura supervisionados de maneira a que, sob a capa da massificação educativa, cresça a ignorância cívica dos povos; temos a destruição do planeta; temos as guerras, dado o poder das indústrias de armamento.

Isto nos trouxe o Jacobinismo, uma "cultura" ultrapassada pelos tempos, que vai esclerosando e envelhecendo os modelos de Estado herdados da Revolução Francesa.

Eis a razão porque as forças poderosas e ocultas que controlam estas Democracias velhas, não querem grandes Reformas dos Estados, tal como não querem em Portugal.

De um lado ideológico extremo, o Anarquismo defende uma organização social estabelecida através do consenso livre e mútuo entre os Cidadãos, com abolição de qualquer forma de autoridade que se oponha aos indivíduos.

Para os anarquistas, o Estado é dispensável. Razão porque, dado o seu primado do Estado totalitário, os comunistas liquidaram os anarquistas que lutavam ao seu lado na Guerra Civil de Espanha.

Ora, o futuro não está nem nos actuais Estados velhos jacobinos, e muito menos no Estado totalitário - extrema-direita e comunistas - nem no Anarquismo.

O Estado moderno assenta no Personalismo.

A Pessoa Humana, não o indivíduo considerado isolado, mas interagindo e interdependente com os outros, é a razão do Estado.

O Estado não se confunde com Pátria, nem com Nação.

O Estado é uma mera organização. É a Nação politicamente organizada e ordenada.

Organizada e ordenada para o serviço de todos e de cada um Objectivo, o Bem Comum.

Logo, a prioridade é a Pessoa Humana. O Estado está ao Seu serviço, mesmo quando, contra as concepções liberais, deve intervir no mercado.

Nem o Estado é a prioridade, como na hierarquia jacobina dos actuais Estados velhos e dos totalitarismos comunistas e da extrema-direita, nem o Estado é dispensável como no Anarquismo, nem o Estado se submete ao funcionamento do mercado, como no Liberalismo.

O Estado é um "mal necessário".

Sendo imprescindível como organização política e necessariamente democrática da Nação perene que nos orgulhamos de ser, no entanto está subordinado à prioridade do serviço à Pessoa Humana.

Tem de respeitar os Direitos Fundamentais Desta.

Tem de respeitar o Direito à Diferença que as Liberdades, o Conhecimento e o desenvolvimento cultural formam constante e dinamicamente no tempo, em cada Pessoa.

Daí que o conceito de "soberania" não possa ser a imposição arbitrária, por uns, de um determinado estatuto, contra os Direitos de outros no mesmo seio nacional, quebrando esta Unidade.

Ainda por cima, o Estado velho português assenta numa declaração político-constitucional anti-democrática que aponta um único caminho político, o "caminho do socialismo", assim rejeitando o pluralismo democrático!...

Porque o Estado ao serviço da Pessoa Humana, cabe aos Cidadãos, em cada momento histórico, o Direito de escolher o modelo político de governação que livre e soberanamente entendam ser o melhor que Lhes convém para um determinado período. Bem como apontarem às transformações que, contra dogmas, cada tempo exija.

Tudo isto está sabotado pelo modelo velho de que Portugal hoje se veste.

Portugal vive os mesmos problemas de decadência que atravessam as Democracias velhas e ultrapassadas.

O Sistema Político português está montado para cada vez maior acesso da mediocridade ao Poder formal.

Digo "Poder formal", porque quanto mais fracas ou venais forem as criaturas com acesso à carreira política, melhor os PODERES DE FACTO as dominam e controlam para os seus objectivos sinistros.

Em Portugal - agora posso dizê-lo à vontade porque já estou de fora - os políticos ganham miseravelmente em função das responsabilidades que têm e da vida que devem assumir.

Só por profundo e cada vez mais raro AMOR PÁTRIO, é que alguém indubitavelmente capaz, desinteressado, pode, face às responsabilidades familiares, trocar as suas remunerações correntes e normais, para vir para a Política!

E isto está assim, de propósito!

Para trazer cada vez mais medíocres aos cargos políticos e, desta forma, melhor os PODERES DE FACTO os controlarem.

Uma desgraça colectiva que é alimentada pela INVEJA do canalhedo inculto e incompetente, demagogicamente incitado por um igualitarismo trágico que concebe um político dever ganhar o mesmo que um amola-canivetes, que um "paquete" que faz as "voltas", etc. etc.

Depois, em vez de se planear, faz-se "planificação", o que complica a vida a quem, de boa fé, precisa de concretizar o desenvolvimento e só encontra obstáculos!

E, para além dos condicionalismos que cada vez mais apertam o exercício de funções políticas, e para além das insustentáveis remunerações, há um abuso sádico, incompetente e SOBRETUDO INADMISSÍVEL de a vida privada de cada um ser confundida com responsabilidades públicas. Uma perseguição "justicialista" fruto da covardia de, constitucionalmente, não se fazer a Reforma do Sistema de Justiça.

Vai-se ao ponto de uma Pessoa com valor reconhecido não poder exercer um cargo público do maior interesse para o Povo, só porque é familiar de outro político!

Assim, quem estiver bem na vida não se sujeita à vilanagem dos processos a que se assiste, o tal "a caminho do socialismo" que permite o rafeiro ocupar a vida pública nestas Democracias velhas e decadentes, e aos PODERES DE FACTO se apropriarem dos Estados.

Os cromos políticos que aturamos, não estão aptos, nem querem transformações urgentes que evitem choques e convulsões futuras.

A Juventude tem de ajudar Portugal a remover os "millenials" medíocres e adoradores do "bezerro de ouro", geração que se apropriou e degrada o Estado.

"O JASMIM NÃO CHEIRA COMO DEVIA"...

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