MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Deputado

28/05/2022 08:01

Na verdade, e fruto do bom momento que se vive na retoma do turismo e da economia, estamos com uma dinâmica assinalável ao nível do pedestrianismo, felizmente um pouco por toda a região. São vários os percursos pedestres e os pontos turísticos que começam a evidenciar sobrelotação, pelo que importa atuar e encontrar novas soluções que não ponham em causa a imagem de segurança e qualidade do nosso destino, nem afastem os que nos visitam de um dos nossos maiores tesouros, como são as nossas veredas e levadas.

De entre os inúmeros percursos pedestres que existem nas nossas ilhas, obviamente que os classificados como recomendados são sempre os mais procurados e visitados pelos turistas. A marca "percurso recomendado", seja ele pequena ou grande rota, aliada à promoção nos diferentes canais de comunicação, sejam institucionais ou privados, ganha expressão e posiciona-se na liderança da procura dos amantes do pedestrianismo. Associada a essa marca estão de forma identitária as nossas levadas e a floresta Laurissilva, formando-se assim o triângulo perfeito para a procura e crescimento da economia. Ou seja, a receita está encontrada, há mercado e há procura, pelo que se torna evidente que só falta mais oferta e, quiçá, oferta diversificada. É neste contexto, que temos vindo a defender o aumento e a diversificação dos percursos recomendados, enquanto garante da imagem e da qualidade do destino. Mais PR`s, a diferentes cotas e com outros promotores. PR`s que toquem as manchas de rede natura 2000, que visitem a nossa rede de monumentos naturais, que se fundam na ruralidade madeirense e convidem o caminhante e penetrar nos campos agrícolas, cruzando-se com o património local, edificado ou natural, sentindo de perto as tradições e costumes regionais, através dos cheiros e dos sabores, que fazem e animam a pequena economia local.

Para tal importa adaptar o quadro legal existente. No atual quadro, quem promove os percursos recomendados é o Governo Regional. Face ao momento que se vive, porque não convidar outros atores, públicos ou privados, a poderem se posicionar enquanto promotores de percursos recomendados? Porque não proporcionar novas rotas ao pedestrianismo com qualidade e segurança, em diferentes localidades e até noutros espaços florestais? Falamos tanto do Caminho Real. Porque não criar percursos recomendados em diferentes troços do Caminho Real? Quanto podem as nossas freguesias ganhar com a existência de uma grande rota recomendada à volta do Caminho Real? E porque não equacionar a concessão de serviços e até mesmo a aplicação de donativos em alguns percursos recomendados? As estratégias de desenvolvimento dos territórios de base local podem e devem ser mais visionárias, indo para além dos ditos apoios sociais, que não criam riqueza. O melhor apoio social é o dinamismo da economia e a criação de emprego com qualidade e sustentabilidade. É possível fazer melhor e fazer diferente, no respeito por essa qualidade e sustentabilidade. Mais e diferentes percursos recomendados, pode ser um desses caminhos.

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