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Artigo de Opinião

10/02/2025 03:45

Quantas vezes diz “não” ao seu filho sem tentar compreender o que está a ser pedido? As regras desempenham um papel essencial na vida das crianças e adolescentes, uma vez que proporcionam estrutura e segurança nas rotinas como nos horários de sono, alimentação, estudo e lazer. Contudo, é fundamental refletir: será que regras excessivamente rígidas ou a ausência total delas podem prejudicar a capacidade da criança de tomar decisões ponderadas, aumentando o risco de comportamentos impulsivos e de risco, como o consumo de substâncias psicoativas?

A prevenção do uso de substâncias começa em casa, através de práticas educativas e um ambiente familiar seguro e empático. Embora não exista um manual universal sobre como educar, algumas das seguintes orientações podem ser tidas em conta a auxiliar os jovens a lidar com pressões de pares e evitar escolhas prejudiciais para a saúde física e psicológica.

1. Valorize a opinião da criança

Quando damos espaço para que as crianças expressem o que pensam e sentem, fortalecemos a sua autoestima e capacidade de comunicação. Este momento permite identificar crenças ou informações erradas que possam ter sobre as substâncias e esclarecer dúvidas. Além disso, sentir-se ouvida ajuda a que criança sinta que pode confiar nos pais enquanto fonte de suporte e orientação, aumentando a probabilidade de recorrer aos mesmos sempre que um problema surgir.

2. Explique as regras e os seus porquês

A tendência em seguir as regras é maior quando as mesmas são explicadas. Seja claro ao explicar a importância das regras e o porquê de elas existirem. Pode usar exemplos concretos e uma linguagem adaptada à idade para facilitar a compreensão.

3. Envolva as crianças nas tarefas e decisões

Crianças que participam na rotina familiar desenvolvem autonomia e responsabilidade, potenciais qualidades para ser assertivo quando surgem influências negativas. Envolver-se em decisões e tarefas fortalece a confiança em si mesmas, tornando-as menos suscetíveis à pressão de grupo.

4. Cultive o respeito mútuo

O respeito é uma via de dois sentidos. Demonstrar respeito pelas opiniões e sentimentos das crianças ensina-as a exigir o mesmo dos outros. Esta prática torna-as mais seguras para dizer “não” a situações que envolvam substâncias e a defender os seus limites.

5. Faça críticas construtivas e normalize os erros

A sua abordagem diante dos erros pode influenciar muito o comportamento futuro. Crianças que recebem críticas construtivas e incentivo a melhorar sentem-se mais confiantes e resilientes, reduzindo a necessidade de procurar validação em grupos que promovam comportamentos de risco.

6. Promova uma comunicação aberta e honesta

A abertura para conversas sobre temas difíceis, como o uso de substâncias, é essencial. Criar um espaço seguro para perguntas e discussões ajuda a criança a obter informações corretas e a sentir-se confortável para partilhar preocupações ou situações de risco.

Educar para prevenir é um ato de cuidado que exige paciência, empatia e consistência. Estar presente na vida das crianças, compreender as suas necessidades e fortalecer laços familiares, é uma das formas mais eficazes de protegê-las.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
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