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Artigo de Opinião

Deputado

16/03/2024 08:00

Os tempos são outros e há sempre mais vida! Mais vida que não se esgota no episódio do dia, do momento, e que só faz sentido se vivida a longo prazo. No atletismo o que me seduz é a corrida de fundo! Julgo que é assim em tudo. Nas famílias, nos amigos, na profissão, no lazer e na política. Seja no exercício puro e duro da política ativa seja na militância da dinâmica partidária. É tempo de tolerarmos mais e relativizarmos.

No último fim-de-semana, os cenários apontavam para uma grande abstenção e para um alheamento dos eleitores com o ato eleitoral. Depois de uma campanha difícil em contextos ímpares e singulares, afinal quem efetivamente manda e decide foi às urnas em número expressivo. Não há dúvida que para os eleitores de hoje o porta a porta de última hora pouco representa. Quem manda disse! Disse que não reconhece a nenhuma das forças partidárias do arco do poder legitimidade para governar só. Disse que há novas forças que têm de ser consideradas. Disse que o caminho para a governação passa por alianças, diálogos e muita capacidade de concertação e negociação caso a caso. Aos políticos eleitos ou já em funções cabe interpretar esta resposta e executá-la com a mestria e disponibilidade de quem a expressou.

Aos mais votados exige-se esta visão e este poder de encaixe. Uma curtíssima maioria relativa só terá algum sucesso com diálogo e muito trabalho parlamentar. Muito trabalho parlamentar. Um país e uma região não podem estar em eleições todos os anos. Não é isso que as pessoas querem. Obviamente que quem representa mais de 1 milhão e 100 mil cidadãos tem de ser tido, achado e considerado! Um Grupo Parlamentar de quase 50 deputados na AR tem poderes reconhecidos e acrescidos que só podem ser respeitados. E quem tem poderes legitimados, acrescidos e reconhecidos tem de ter igualmente responsabilidades! Responsabilidades na decisão legislativa, responsabilidades na execução dos orçamentos disponíveis, no quadro de um país integrado na União Europeia. Encerrado o ato eleitoral encerra-se também o período do discurso fácil e gratuito. É tempo de responsabilidade e de mostrar capacidade de ação e execução. Aos mais votados cabe não só ser indigitados com também revelar adaptação e integração da vontade da maioria. E a maioria são mais de 3,2 milhões de portugueses, ou seja 52,6% dos votantes, que escolheram forças de direita para conduzir os destinos do país nos próximos anos. Há forma e formas de o fazer. Adaptando-se, ouvindo e negociando. Com responsabilidade coletiva. Focados no melhor para o país e para as pessoas.

A política não é o fim. Os partidos só são os meios. As eleições são o teste do algodão. Interpretação, tolerância e integração serão sempre a chave para atingirmos o que realmente importa. E o que importa é melhorar a qualidade de vida, promover a elevação social, estarmos todos melhores e mais capacitados. Aplica-se lá e cá! Ontem, hoje e amanhã. Da freguesia ao concelho, da região país. Na dinâmica interna partidária ou na luta com adversários externos. Haja visão e relativização, pois vida? Há sempre mais vida e é para ser vivida!

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