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Artigo de Opinião

Deputado

23/07/2022 08:00

O Chão da Lagoa é muito mais que um arraial, que uns concertos ou uns convívios. O Chão da Lagoa é a nossa identidade. É a expressão da identidade madeirense que se renova no quadro de uma autonomia viva. Subir ao Chão da Lagoa é a renovação da luta perante o centralismo da República, que teima em limitar o aprofundamento da Autonomia. O pendor centralista da cultura política que domina o nosso país continua vivo. Ele está vivo e sempre que pode manifesta-se. A autonomia não é um dado adquirido, nem uma conquista acabada. A autonomia é uma dialética permanente que não se pode deixar adormecer. Se afrouxarmos neste constante devir autonómico, o Estado insatisfeito expressa-se e procura recuperar o que considera ser seu por direito ancestral ou (in)constitucional. O espectro do unitarismo do Estado não está morto. Está antes disfarçado ou adormecido e sempre que possível manifesta-se e procura recuperar posição.

Voltar ao Chão da Lagoa é pisar o chão da Autonomia. É beber dos seus princípios e valores e, em conjunto, e com alegria, dizer que a Madeira é aquilo que os madeirenses querem que seja.

Voltar ao Chão da Lagoa é pisar o chão da Autonomia. É beber dos seus princípios e valores e, em conjunto, e com alegria, dizer que a Madeira é aquilo que os madeirenses querem que seja. Celebrar o Chão da Lagoa é celebrar uma região autónoma que é dona do seu presente e herdeira do seu futuro. É celebrar os novos madeirenses, filhos da autonomia sonhada e É celebrar os novos madeirenses, filhos da autonomia sonhada e conquistada, que moldam o seu futuro coletivo e o futuro desta terra. Uma conquista marcada pelo engenho e a arte da social-democracia que transformou a Madeira e o Porto-Santo, promoveu o interclassismo e a elevação coletiva através da educação, da equidade social e do acesso à cultura. Este é o maior legado que deixamos à região e ao seu futuro! Mais que a transformação infraestrutural, notável, mesmo para a minha geração, a criação do novo madeirense, cidadão insular descomplexado e livre, aberto ao mundo e liberto de qualquer preconceito é a maior obra autonómica. Tenhamos orgulho nela! Tenhamos orgulho e percebamos a responsabilidade que a mesma acarreta. Este novo madeirense é o nosso maior desafio. Cidadãos sábios e clarividentes que em cada momento escolhem o que querem e quem querem para liderarem o futuro da Madeira. Verdadeiros cidadãos autonómicos.

Liderar esta causa dá trabalho e requer dedicação obstinada. Nada do que temos foi oferecido. Nenhuma vitória nos foi dada. É preciso continuamente lutar e transpirar. É no terreno que somos mais fortes! E todos estão convocados para o terreno. Seja amanhã, seja nos dias que se seguem. Não há que ter pejo no terreno e no suar da camisa. Todos temos de arregaçar as mangas e calçar sapatilhas. Quem dorme na forma ou rejubila com o conforto climatizado dos gabinetes não serve ao Chão da Lagoa. A sorte, o sucesso e as vitórias dão muito trabalho!

Amanhã lá estaremos, respirando o pó da nossa identidade, o pó da Autonomia! Acredito que continuaremos a vencer o futuro. Venceremos, pois, somos autónomos e sociais-democratas que põem a Madeira e os madeirenses sempre em primeiro lugar.

Viva o Chão da Autonomia!

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