O ministro da Ciência e Ensino Superior afirmou, hoje, que as avaliações presenciais nas universidades e politécnicos irão manter-se, pelo menos para já.
No entanto, Manuel Heitor reconheceu que a situação da pandemia traz uma incerteza que exige "um esforço de realismo" constante.
De acordo com o ministro, que falava numa audição na comissão parlamentar de Educação, Ciência, Juventude e Desporto, a incidência de casos de contágio pelo novo coronavírus no Ensino Superior é sempre inferior à dos concelhos onde se localizam as universidades e politécnico.
"Estamos abertos a uma situação complexa que requer também muita ponderação" disse, realçando que até à terceira semana de fevereiro, o ensino superior está na pausa entre semestres e que "nesta fase não deve haver alterações ao regime das avaliações presenciais, sempre que possível complementadas por avaliações com recurso a tecnologias digitais".
O responsável mais salientou que a alteração ao regime de avaliações terá impacto no percurso académico dos estudantes, apontando ainda que as recomendações do Governo para as instituições sobre o regime presencial de aulas e avaliações, "seguem as principais e melhores práticas internacionais, numa reflexão mantida diretamente com estudantes, dirigentes e presidentes de politécnicos e reitores de universidades que reconhecem os lugares seguros que são hoje as instituições de ensino superior".
"Há uma visão em Portugal e na Europa que o ensino deve ser sobretudo presencial e essa visão tem que ser aplicada, mas de uma forma realista caso a caso, seguindo o que é a realidade e o que é o esforço que nos exige garantir condições de elevada segurança", afirmou.
Lusa