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Legislativas: Tavares critica “má governação” e silêncio sobre questionário dos EUA a universidades

Data de publicação
12 Abril 2025
22:11

O porta-voz do Livre acusou hoje Luís Montenegro de “má governação” e de só querer poder quando pede estabilidade, criticando o silêncio do executivo sobre o questionário enviado pela administração norte-americana às universidades portuguesas.

“Como é possível que a administração de Trump tenha enviado um questionário para universidades portuguesas em que basicamente lhes diz ou vocês obedecem ao que é a nossa agenda obscurantista ou então não têm dinheiro nosso, como é possível que um governo português ainda não tenha dito uma palavra sobre isto?”, criticou Rui Tavares, na sua intervenção no primeiro dia do XV Congresso do Livre.

Em causa está o facto de o Governo dos Estados Unidos da América ter enviado a várias universidades portuguesas um questionário com perguntas sobre “ideologia de género”, ligações a organizações terroristas, “agendas climáticas”, “contactos com partidos comunistas e socialistas” ou “relações com as Nações Unidas, República Popular da China, Irão e Rússia”, além de ter decidido cortar o financiamento de programas.

O dirigente do Livre questionou, em particular, o silêncio do ministro da Educação e também o dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que “antes era tão falador sobre tantos temas”.

Na sua intervenção no primeiro dia do XV Congresso do Livre, destinado a aprovar o programa eleitoral do partido, Rui Tavares responsabilizou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, pelas eleições antecipadas de 18 de maio.

“Nós estamos em eleições porque Luís Montenegro decidiu mandar abaixo o seu Governo e extraordinariamente quer pedir-nos estabilidade. Ninguém se engane Luís Montenegro não quer que nós lhe demos estabilidade. Ele quer que nós lhe demos poder e ele quer que nós lhe demos poder para um filme que já vimos demasiadas vezes”, disse.

O dirigente do Livre voltou a acusar o primeiro-ministro de ter tomado, na sua vida patrimonial, “decisões erradas” ao, por exemplo, não ter entregado a empresa da sua família a uma gestão independente antes de assumir o cargo.

“Quer que achemos normal que tudo se passe numa sobreposição de várias esferas confusas entre o que é familiar, o que é patrimonial, o que é partidário, o que é político e o que é do Governo do Estado”, criticou.

E, em tom irónico, repetiu perante os congressistas uma ideia que já tinha deixado aos jornalistas, durante a tarde.

“Nós queremos muito deixar o Luís trabalhar, mas o Luís tem que escolher para quem é que quer trabalhar, porque se quer trabalhar para o povo como primeiro-ministro há coisas que não deve fazer”, afirmou.

O deputado defendeu que, nas próximas eleições, a escolha poderá ser por outra governação e recusou os apelos ao voto útil, numa crítica indireta ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

“Nenhum apelo ao voto útil vai demover as pessoas que querem ver estes deputados e deputadas dignificar a democracia no parlamento”, afirmou.

Rui Tavares manifestou o seu orgulho nos deputados que representaram o partido na atual legislatura e deixou um elogio especial a Isabel Mendes Lopes pelo debate de sexta-feira à noite com o líder do CDS-PP, Nuno Melo.

“Que orgulho, Isabel. Que orgulho e, ao mesmo tempo, que angústia, porque se o ministro da Defesa perde assim um debate sobre defesa, estamos fritos”, disse, provocando risos na plateia.

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