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Eleições: Ex-dirigente do PSD João Montenegro apela a que parem saídas mas critica direção

Data de publicação
22 Janeiro 2024
17:13

O deputado e ex-secretário-geral adjunto do PSD João Montenegro apelou hoje a que não saiam mais quadros do partido, “apesar de não terem sido aproveitados pela direção”, salientando que o partido “é muito mais que decisões políticas do momento”.

“O PSD está a deixar sair os seus melhores. Quadros políticos de amplitude nacional, excelentes deputados e com implementação efetiva no território e nas comunidades portuguesas. Isso enfraquece-nos, demonstra falta de união e transmite uma imagem de não estarmos a aproveitar os nossos melhores políticos”, lamentou o deputado, que ficou de fora das listas de candidatos à Assembleia da República, numa nota escrita enviada à Lusa.

Depois de, nos últimos dias serem conhecidas as desfiliações de António Maló de Abreu e Rui Cristina – que passaram a deputados não inscritos – o antigo adjunto do gabinete do ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho diz que os que saem, “alguns inconformados outros maltratados, vão levar a sua marca consigo, o seu trabalho político, o seu trabalho parlamentar”.

“E isso enfraquece o PSD. Foram parlamentares de excelência. Nas suas áreas, nas suas competências, nas suas funções. Do melhor que existe no parlamento nacional”, considerou.

Ainda assim, João Montenegro, que dirigiu a campanha interna de Pedro Santana Lopes e foi secretário-geral adjunto do PSD com Passos e com Rui Rio, deixou um apelo a esses quadros descontentes.

“Não saiam. Apesar de não terem sido aproveitados como quadros políticos de excelência pela direção nacional do partido, não nos deixem. Este é um partido com quase 50 anos de história, com uma matriz ideológica muito própria, construída por homens e mulheres que ajudaram a construir a sua identidade e o seu pensamento político”, afirmou.

Para o ainda deputado, o PSD “é muito mais que as decisões políticas do momento”.

Na nota, João Montenegro defende que o projeto da Aliança Democrática (coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM nas próximas legislativas de 10 de março) “continua a ser o que melhor defende” o país.

“A AD é a única alternativa a quem não quer ter um governo de esquerda em Portugal. Se não querem ter um Governo socialista a desgovernar este país, então apoiem o nosso PSD e a Aliança Democrática”, apelou.

Foi hoje conhecido que o parlamentar do PSD Rui Cristina vai deixar o partido e passar a deputado não inscrito até final da legislatura, alegando que a liderança de Luís Montenegro só está preocupada com “ajustes de contas internos”.

Questionado pela Lusa sobre a possibilidade de integrar as listas de candidatos pelo Chega, o ainda deputado do PSD, com mais de 20 anos de militância no partido, respondeu que “o futuro exige ponderação e reflexão”.

Rui Cristina é o segundo parlamentar do PSD a deixar o partido nas últimas semanas, depois de António Maló de Abreu, que foi confirmado este fim de semana como candidato do Chega pelo círculo fora da Europa, dias depois de ter negado aos jornalistas que iria integrar as listas do partido liderado por André Ventura.

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