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RIR reclama mais apoios à produção regional

Data de publicação
19 Maio 2024
12:37

A cabeça de lista do Reagir Incluir Reciclar (RIR) às eleições regionais da Madeira, Liana Reis, criticou hoje a falta de incentivos ao setor primário e defendeu mais apoios do Governo Regional à produção regional.

“Em vez de canalizar apoios para outras áreas, [devem] canalizar-se para estes produtores de produtos tão regionais e que são tão importantes para a nossa região, nomeadamente a banana, a cana-de-açúcar e a uva, que são muito mal pagos”, afirmou a candidata no final de uma visita ao Mercado do Estreito de Câmara de Lobos.

Depois de ouvir as queixas dos produtores, Liana Reis deixou a questão: “se há verbas do Plano de Recuperação e Resiliência que estão a ser desperdiçadas em tanta coisa sem importância, porque não apostar neste setor primário tão importante para a nossa região?”.

Em declarações à agência Lusa, a cabeça de lista do RIR sublinhou “as boas instalações” do Mercado do Estreito, onde, na ação de campanha realizada, encontrou produtores e vendedores ambulantes “revoltados” com a falta de apoios e as “taxas muito elevadas que têm que pagar à autarquia”.

“Há uma freguesia aqui na Madeira que passou a taxa anual de venda ambulante, de uma vez por semana, de 600 euros para 3.000 euros”, exemplificou.

A isto junta-se “os custos de aquisição de produtos para o combate às pragas” ou os preços do guano - composto natural utilizado como adubo que “é essencial à produção” - na lista das dificuldades que, segundo Liana Reis, levaram hoje os produtores a afirmar que a atividade “não compensa”.

Dando como exemplo o caso da uva, vendida pelo produtor a um euro por quilo, a candidata lamentou que o preço de venda não compense os custos de produção e criticou a Secretaria Regional de Agricultura por, no que respeita a incentivos, “prometer aumentos de 20 cêntimos”.

A cabeça de lista destacou a aposta dos produtores do Estreito na área da viticultura, aludindo também à dificuldade do setor em conseguir trabalhadores.

“Na hora da apanha, não há ninguém para querer trabalhar”, explicou, acrescentando que o setor não consegue pagar 50 euros por dia aos “poucos que aparecem”.

Se for eleita, Liana Reis irá propor a formalização de “um contrato-programa com as juntas de freguesia” com o objetivo de “criar uma bolsa para pessoas que estão no desemprego serem contratadas nessas alturas” de colheitas de produtos como a uva, a cana-de-açúcar ou batatas, entre outros.

O RIR concorre pela terceira vez em eleições regionais, depois de em 24 de setembro de 2023 ter sido a terceira força menos votada de 13 candidaturas, com 727 votos (0,55%), num universo de 135.446 votantes.

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