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Venezuela vigia dois grandes complexos petrolíferos devido a tensões com os EUA

Data de publicação
30 Dezembro 2025
22:57

A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) anunciou hoje que está a vigiar duas das principais instalações petrolíferas do país, o Complexo Petroquímico Ana María Campos e o Centro de Refinação Paraguaná, num contexto de tensão com os Estados Unidos.

O chefe da Região Estratégica de Defesa Integral (Redi) 1 Ocidental, Pedro González Ovalles, disse que uma Unidade de Reação Rápida (URRA) está destacada para “garantir a segurança integral” do complexo petroquímico e da refinaria, segundo um vídeo partilhado hoje pelo comandante estratégico operacional da FANB, Domingo Hernández Lárez.

O Centro de Refinação Paraguaná, em Falcón (oeste), é “um dos maiores do mundo, responsável por transformar o crude em gasolina, gasóleo, betume e outros derivados” na Venezuela, segundo o Ministério dos Hidrocarbonetos, enquanto o Complexo Petroquímico Ana María Campos, no estado de Zulia (oeste, na fronteira com a Colômbia), abrange fábricas de fertilizantes, plásticos e outros derivados do petróleo.

O anúncio desta operação ocorre no dia seguinte aquele em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou um ataque contra uma “grande instalação” num cais, no âmbito da sua campanha contra o narcotráfico que, segundo ele, sai da Venezuela, mas não precisou se essa ação ocorreu em território venezuelano.

Segundo informou o New York Times, a CIA realizou na semana passada um ataque com drones contra uma instalação portuária na Venezuela.

No entanto, o Governo venezuelano ainda não se pronunciou sobre estas afirmações.

Os Estados Unidos mantêm, desde agosto, uma operação militar no mar das Caraíbas, justificada como parte de uma luta contra o narcotráfico, mas que a Venezuela interpreta como uma tentativa de propiciar uma mudança de regime neste país para assim impor “governos fantoches”, que concedam benefícios energéticos venezuelanos a Washington.

Altos cargos venezuelanos, como a vice-presidente executiva e ministra de Hidrocarbonetos, Delcy Rodríguez, fizeram vários apelos aos trabalhadores da indústria petrolífera para que estejam alerta num contexto em que a Venezuela “está assediada e ameaçada” pelos seus recursos energéticos e naturais.

Delcy Rodríguez também pediu recentemente aos trabalhadores do setor para que intensifiquem a vigilância nas instalações petrolíferas do país e mantenham-se atentos a qualquer tentativa de “sabotagem”.

Este mês, os Estados Unidos apreenderam dois navios que transportavam petróleo venezuelano e Donald Trump anunciou o bloqueio total aos petroleiros sancionados que entrem e saiam da Venezuela, o que aumentou a pressão sobre o governo do presidente venezuelano, Nicolas Maduro, nas últimas semanas.

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