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Ucrânia: Parlamento Europeu pede que NATO "abra caminho" à integração

JM-Madeira

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Data de publicação
15 Junho 2023
16:41

O Parlamento Europeu pediu hoje que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) "abra caminho" à integração da Ucrânia, assim que a guerra terminar, e exortou a negociações ainda este ano para adesão à União Europeia (UE).

Numa resolução hoje aprovada na sessão plenária da assembleia europeia, com 425 votos a favor, 38 contra e 42 abstenções, os eurodeputados dizem esperar que o "processo de adesão comece depois do fim da guerra e seja concluído o mais rapidamente possível", exortando os Aliados da NATO a "honrarem o seu compromisso com a Ucrânia e a tomarem medidas para o país ser convidado a aderir à Aliança Atlântica", informou a instituição em comunicado.

No que à UE, os eurodeputados indicam "ter esperança numa recomendação positiva da Comissão Europeia, uma vez que a Ucrânia concluiu com êxito os sete passos estabelecidos no parecer" de Bruxelas, apelando a um "caminho claro para o início das negações à adesão, que, com o apoio suficiente, poderão começar já este ano".

Já abordando a recente destruição da barragem de Kakhovka, o Parlamento Europeu fala num "crime de guerra" cometido pela Rússia, que "gerou uma catástrofe ambiental, bem como um ecocídio na Ucrânia".

A posição surge depois de, esta quarta-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, ter dito esperar na cimeira que decorre a 11 e 12 de julho na capital da Lituânia, em Vílnius, uma "boa solução" para a futura integração da Ucrânia na Aliança Atlântica.

Uma eventual integração da Ucrânia na NATO só poderá ser concretizada no final da guerra da Ucrânia, dado que a Aliança Atlântica se rege pelo artigo 5.º, que prevê reação dos Aliados perante ataque armado contra um dos membros.

Ainda assim, este apoio à integração da Ucrânia na Aliança Atlântica ficou expresso logo na cimeira de Bucareste, realizada em abril de 2008, quando a NATO se congratulou "com as aspirações euro-atlânticas" de Kiev.

"Acordámos hoje que estes países se tornarão membros da NATO. Ambas as nações têm dado contribuições valiosas para as operações da aliança" e, por isso, "daremos agora início a um período de intenso envolvimento com ambos os países a um nível político elevado, a fim de abordar as questões ainda pendentes relacionadas com as suas candidaturas", refere o comunicado da cimeira de 2008.

O Presidente ucraniano tem vindo a pressionar para avanços nesta adesão e, há duas semanas, por ocasião da segunda cimeira da Comunidade Política Europeia, na Moldova, indicou esperar um "convite claro" na cimeira de julho.

"No verão, em Vilnius, na cimeira da NATO, é necessário um convite claro para a adesão da Ucrânia e são necessárias garantias de segurança no caminho para a integração", declarou Volodymyr Zelensky.

Um dia depois destas declarações, Zelensky reconheceria, numa rara admissão, que a adesão da Ucrânia à NATO será "impossível" antes do fim da guerra em curso com a Rússia.

Também na Moldova, o Presidente ucraniano adiantou ser "necessária uma decisão clara e positiva na adesão à UE" no outono, falando num "ano de decisões" ao nível europeu e transatlântico.

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